Líder indígena suspeito de estuprar e engravidar menina de 11 anos é preso pela Polícia Federal

O sobrinho do homem também foi preso; o líder da comunidade é suspeito de abusar de outras duas adolescentes

Lívia Ximenes
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Um líder indígena da comunidade Terra Preta foi preso pela Polícia Federal nesta terça-feira (5), em Autazes, no Amazonas. O homem, chamado de Tuxaua, é suspeito de estuprar e engravidar uma menina de 11 anos. O sobrinho dele também foi preso, suspeito de abusar da mesma vítima.

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Outras duas adolescentes, de 12 e 16 anos, teriam sido vítimas do líder indígena. O crime foi denunciado pela mãe da menina de 11 anos, segundo a PF. A vítima passou mal com dores do estômago e foi levada a um hospital de Manaus, capital amazonense, e assim foi descoberta a gravidez.

A mãe que denunciou os abusos foi ameaçada de ser expulsa da comunidade pelo Tuxaua quando disse que o denunciaria, de acordo com entrevista à Rede Amazônia. Foi a vítima quem apontou os suspeitos ao informar a mãe sobre o crime.

A Justiça do Amazonas expediu os mandados de prisão mediante pedido da Polícia Federal. Os suspeitos foram presos na comunidade, no período da manhã.

Letícia Prado, delegada que chefiou a operação, disse que a menina de 11 anos deu à luz aos 8 meses de gestação e é a principal vítima do caso, já que, por meio dela, as investigações identificaram as demais. “Essa menina deu à luz a um bebê prematuro e por conta disso, dessa gravidez prematura, ela tem sequelas. A menina está em tratamento por conta desse abuso e dessa gravidez”, falou.

“Ele exerce uma liderança. Uma liderança sobre a comunidade e ele utiliza dessa liderança para abusar desse poder, para coagir as vítimas, as testemunhas, a não denunciar e a gente viu isso acontecer. Não é o primeiro caso desse tipo, é um padrão. Como ele tem essa liderança, ele exerce essa coação e aí ele consegue silenciar testemunhas e vítimas”, explicou a delegada.

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A paternidade do bebê está em investigação desde setembro de 2023, quando a criança nasceu. Com base em suspeitas da Polícia Federal, o líder da comunidade é o suspeito.

(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão da editora web de Oliberal.com, Vanessa Pinheiro)

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