Justiça foi avisada sobre violação em tornozeleira eletrônica de homem que sequestrou ônibus no RJ
Paulo Sérgio de Lima estava há um ano e cinco meses sem monitoramento após tornozeleira não emitir sinal para Seap
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap) havia repassado seis avisos para a Justiça relatando a violações no uso da tornozeleira eletrônica de Paulo Sérgio de Lima, preso na terça-feira (12) após fazer 16 passageiros reféns em ônibus e ferir duas pessoas. Conforme a justiça, Paulo cumpre pena até agosto de 2028 por roubo majorado, mas tinha conseguido a progressão para regime aberto. Ele passou a usar monitoramento eletrônico em fevereiro de 2022, mas em outubro do mesmo ano a tornozeleira parou de emitir sinal para a Seap.
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O homem deveria cumprir a pena no domicílio onde morava. Porém, foram constatadas cinco irregularidades no uso do equipamento. Em outubro de 2022, a tornozeleira descarregou e Paulo não retornou com as autoridades policiais para ativar o dispositivo. Desde então, ele ficou sem o monitoramento.
Depois da situação com os reféns e a prisão de Paulo Sérgio, a Vara de Execuções Penais determinou a regressão para regime semiaberto. Para as autoridades, ele “cometeu falta grave ao descumprir as condições da prisão domiciliar, uma vez que violou o monitoramento eletrônico sem apresentar justificativas”, como diz um trecho do documento assinado pelo juiz Cariel Bezerra Patriota. Na terça-feira, o magistrado afirmou, durante a decisão, que somente nesta semana “teve oportunidade de decidir no processo”. Quando a decisão foi expedida, Paulo Sérgio já estava preso pelo sequestro do ônibus da rodoviária.
Paulo Sérgio segue preso na Delegacia da Praça da República (4ª DP). O suspeito está aguardando pela audiência de custódia. Nessa situação, ele deve responder por sequestro, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e pela tentativa de homicídio do funcionário da Petrobras Bruno Lima da Costa Soares, de 34 anos.
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