Juíza se exalta e grita com testemunha durante audiência por não ter sido chamada de 'excelência'
Por meio de nota, TRT informou que a mesma foi afastada do cargo
A juíza substituta Kismara Brustolin, do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região, gritou e xingou uma testemunha durante audiência realizada por vídeo-chamada, no dia 14 de novembro. Na ocasião, ela se exaltou após a testemunha não tê-la chamado de "excelência".
[twitter=1729846394968510929]
VEJA MAIS
O caso, que viralizou nas redes sociais, mostra o momento em que a juíza chama a atenção da testemunha, dizendo que ele deveria chamá-la de "excelência". Confuso, Leandro (testemunha) pede desculpas e diz que "não é obrigado a isso", enquanto a juíza grita, afirmando que o mesmo será retirado da audiência caso não siga o pedido dela.
"Caso o senhor não responda, o seu depoimento será totalmente desconsiderado", grita a juíza à testemunha.
Após a situação, Kismara grita "deleta! tira!" e os moderadores retiram Leandro da videoconferência. Como justificativa aos demais presentes na reunião, ela afirma que a decisão foi tomada pois o depoente "faltou com educação".
OAB vai investigar o caso; TRT afastou a juíza do cargo
Em nota, a OAB/SC publicou uma nota afirmando que solicitou providências ao TRT-12 e que vai investigar o comportamento da magistrada "para com os advogados, partes e testemunhas" que estavam na audiência.
"A atitude que vimos não pode acontecer. Nós, advogados e advogadas, partes e testemunhas devemos ser respeitados em todas as hipóteses e circunstâncias, sem elevação de tom, falas agressivas ou qualquer outro ato que viole nossas prerrogativas e nosso exercício da profissão. A OAB/SC seguirá acompanhando e apurando o caso, para que as devidas providências sejam tomadas", diz trecho da nota por Cláudia Prudêncio, presidente da OAB/SC.
O TRT-SC informou ao portal UOL que a presidência e a corregedoria regional decidiram pela imediata suspensão da magistrada, "sem prejuízo do proferimento de sentenças e despachos que estejam pendentes".
As pastas também afirmaram que irão instaurar um procedimento apuratório de irregularidade.
"A suspensão da realização de audiências deverá ser mantida até a conclusão do procedimento apuratório de irregularidade ou eventual verificação de incapacidade da magistrada, com o seu integral afastamento médico".
A juíza Kismara Brustolin ainda não se manifestou sobre o caso.
Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com
Palavras-chave
COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA