Jovem que morreu afogado em festa rave ficou mais de 20 minutos na piscina sem ser socorrido

Testemunhas da festa alegaram que não haviam salva-vidas no local e que os próprios participantes tiveram que sinalizar para os seguranças de que algo estava errado com a vítima

Carolina Mota

O motorista de aplicativo Lucas Dantas de Assis, de 28 anos, que morreu afogado em uma festa rave, no último domingo (14), teria caído na piscina desacordado e passou mais de 20 minutos até ser socorrido por seguranças do evento Terratronic segundo testemunhas que curtiam a festa. Um amigo de infância da vítima, Deivison Lima, de 30 anos, que estava com ele durante o evento, afirmou que a piscina era relativamente rasa, na altura abaixo do peitoral de um homem médio, era aberta ao público e não possuía salva-vidas. "A nossa indignação é que não havia um salva-vidas sequer no local. O nosso amigo morreu em uma piscina onde a água batia no peito", lamentou.

Laudo do IML, a morte foi causada por "asfixia mecânica devido imersão em meio líquido". Relatos de testemunhas afirmaram que Lucas ficou por mais de 20 minutos dentro da água e só foi retirado quando pessoas do próprio evento sinalizaram aos seguranças que alvo estava errado e que ainda o deixaram cair durante o resgate.

No depoimento, Deivison relatou que Lucas tinha saído de perto do grupo de amigos e ninguém percebeu que ele havia caído. Quando outras pessoas os informaram do acidente, Lucas já estava na ambulância.

"Como pode uma festa desse tamanho não ter segurança? Nós fomos atrás dele no hospital, chegamos poucos minutos depois dele e já recebemos a notícia de que ele já estava sem sinais vitais. Ele poderia ter sido socorrido a tempo e estar vivo ainda", afirmou o amigo.

image Jovem morre afogado em festa rave e família descobre o óbito pelas redes sociais
O Instituto Médico Legal confirmou a causa da morte como afogamento

Corpo de Bombeiros alega que o evento foi liberado com o pedido de que haveria segurança no local

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o evento teve autorização para um público de três mil pessoas e com os seguintes recursos: 12 bombeiros profissionais civis, um posto médico com 20 metros quadrados, dois médicos, dois enfermeiros, quatro maqueiros e uma ambulância avançada. "Independente de evento, a previsão é de que o responsável pelo local tenha guardião de piscina", acrescentou a instituição.

Nas redes sociais, a Terratronic publicou que Lucas deu entrada no posto de saúde “debilitado, mas apresentando sinais vitais”. A organização da festa disse que ele foi levado para o Hospital municipal Pedro II, onde morreu, e que "presta apoio e solidariedade à família". Procurada pelo portal O GLOBO, uma representante da empresa afirmou que "o mais importante é deixar as autoridades trabalharem nas investigações, e que a festa estava rigorosamente dentro de todos os critérios e exigências", mas não especificou se havia salva-vidas na piscina.

Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Heloá Canali, coordenadora de Oliberal.com

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