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Janja diz que redes sociais estão 'acima da lei'; Lula quer 'regulação séria'

A primeira-dama disse ainda que irá processar as plataformas em que foi hackeada.

O Liberal

Nesta terça-feira (19), a primeira-dama, Janja Lula da Silva, afirmou que considera que as redes sociais estão "acima da lei" no Brasil – e que é preciso regulamentar a atuação dessas empresas para evitar a perpetuação de crimes e casos de assédio. Recentemente, Janja teve suas contas em redes sociais invadidas. No X, hackers usaram a conta para veicular ofensas à própria primeira-dama e a outras autoridades. Segundo Janja, o pedido para suspensão da conta levou uma hora e meia para ser atendido.

"O que aconteceu semana passada é ruim, mas a gente se acostuma a receber ódio pelas redes. As mulheres se acostumam, ainda mais as mulheres. Mas o que aconteceu semana passada foi muito mais invasivo", declarou Janja em uma transmissão ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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"Eu fico imaginando: eu que sou uma pessoa pública, foi tão difícil que o Twitter derrubasse, congelasse minha conta. Uma hora e meia. Por uma hora e meia, o 'seu' Elon Musk ficou muito mais milionário com aquele ataque", prosseguiu.

"A gente precisa não só de regularização das redes, mas a gente precisa discutir monetização dessas redes sociais. Porque hoje, não importa se é do bem ou do mal, eles ganhando dinheiro, tudo bem. As redes sociais, hoje, estão acima de qualquer coisa. Acima de regras, acima do famoso mercado, estão lá flanando", disse a primeira-dama.

Ela ainda disse que pretende processar as plataformas em que foi hackeada, sem citar o nome específico de alguma. O adolescente que diz ter invadido as contas citou em depoimento à Polícia Federal, que além do X, supostos acessos ao LinkedIn e ao e-mail de Janja. 

"Eu não sei nem onde processá-los. Se eu processo no Brasil, se eu processo nos Estados Unidos. Porque processá-los, eu vou, de alguma forma", disse Janja.

Lula quer 'regulação séria'

Na live, Lula disse que fica "muito puto da vida" com os ataques contra Janja – e que o Brasil precisa de uma "regulação séria" sobre crimes cometidos pelas redes sociais.

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"Eu às vezes fico muito puto da vida. Estou falando a palavra puto de verdade. Eu fico puto da vida com as pessoas que atacam ela pela internet. Eu fico puto porque eu nunca falei da mulher de um presidente, da mulher de um deputado, da mulher de um vereador. Eu acho que é uma canalhice a pessoa que faz isso. Eu fico puto por ela", disse.

"Um dos moleques que hackearam ela e ficaram uma hora e meia brincando com as informações dela é um moleque de 17 anos. Certamente está dentro de casa sentado, o pai e mãe acham que é um santinho. 'Nossa, como meu filho é bonzinho, é educado, não sai da frente do computador'. Mas não sabe o que o filho tá fazendo", disse.

"A violência contra meninas é uma coisa absurda. O abuso de fotografias, de filmes de meninas, manipulação de imagens. É criminoso, não dá pra não tratar isso como uma coisa criminosa. Tem menina se cortando, gente se matando, se violentando. Então, vamos ter que fazer uma regulação séria, não só para um país, para o mundo."

O presidente da República afirmou que, para isso, o Brasil terá que se inspirar em regulamentações já em vigor, como a da União Europeia, e acompanhar debates em países como China e Estados Unidos.

"O mundo já era preconceituoso contra a mulher, o negro, o pobre. Agora, com a internet, virou hiperpreconceituoso. Porque as pessoas transformam o seu preconceito pessoal para milhões de pessoas. Como a gente trata isso sem fazer censura? É um desafio", declarou.

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