Homem alega inocência após testemunhar mutilação de cavalo em SP
Polícia Civil investiga se animal estava vivo ou morto quando teve as quatro patas cortadas. Tutor e testemunha afirmam que equino já havia falecido.

Dalton de Oliveira Rodrigues Vieira, de 28 anos, publicou um vídeo nesta segunda-feira (19/8) alegando inocência após testemunhar a mutilação de um cavalo em Bananal, interior de São Paulo. No registro, ele afirma que não conseguiu impedir que Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, cortasse as patas do animal com um facão durante uma cavalgada realizada no último sábado (16/8).
A Polícia Civil investiga o caso para determinar se o cavalo branco estava vivo ou já morto quando teve suas patas cortadas. Tanto Andrey, tutor do animal, quanto Dalton, que testemunhou o ato, declararam em depoimento que o equino já havia falecido no momento da mutilação.
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Segundo informações do boletim de ocorrência, o cavalo teria ficado cansado durante o passeio, parado de andar e deitado no chão. Os envolvidos relataram que a respiração do animal foi diminuindo até parar completamente.
"Eu fiquei sem reação na hora, não soube o que fazer", declarou Dalton em seu vídeo. "Infelizmente, eu estava junto. Eu não consegui fazer nada. Eu gravei o vídeo pra mostrar que o animal estava caído. Ninguém, em nenhum momento, debochou do animal, ninguém fez nada."
Sobre o momento específico da mutilação, Dalton afirmou: "Ele (Andrey) só pediu pra gravar o vídeo para o pai dele, só que depois disso, infelizmente, ele foi e fez isso aí (mutilação), sem necessidade nenhuma. Eu fiquei sem reação na hora, não soube o que fazer."
O boletim de ocorrência registra ainda que, antes de mutilar o animal, Andrey teria alertado a testemunha: "se você tem coração, melhor não olhar".
As imagens do incidente circularam nas redes sociais, gerando indignação entre milhares de pessoas, incluindo celebridades, que pedem justiça pelo crime de maus-tratos.
A polícia ouviu o tutor do cavalo e a testemunha na segunda-feira (18), um dia antes de Dalton publicar seu vídeo alegando inocência. O crime foi registrado como prática de ato de abuso a animais, com agravamento pela morte do animal. Andrey é investigado por maus-tratos, enquanto Dalton foi ouvido como testemunha.
Até o momento, ninguém foi preso e não há informações sobre o que aconteceu com o corpo do animal após o crime.
A Prefeitura de Bananal emitiu nota oficial sobre o caso: "Assim que fomos informados, encaminhamos o caso imediatamente à Delegacia de Polícia e Polícia Ambiental para apuração dos fatos, identificação e punição dos responsáveis. A Prefeitura repudia qualquer ato de crueldade contra os animais e reforça seu compromisso em zelar pelo bem-estar de todos, trabalhando em conjunto com os órgãos competentes para que casos como este não fiquem impunes".
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