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Exploração na Margem Equatorial beira o consenso, afirma presidente da Petrobras

Magda Chambriard diz que resistências à licença ambiental são mínimas e que expectativa é avançar com simulações técnicas ainda em agosto

O Liberal

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, declarou que o debate sobre a exploração de petróleo na Margem Equatorial está próximo de um consenso e que restam “poucas vozes dissonantes” em relação à licença ambiental necessária para o início da perfuração na Bacia da Foz do Amazonas. Segundo ela, a expectativa é que a Avaliação Pré-Operacional (APO) seja discutida em reunião com o Ibama marcada para o dia 12 de agosto.

Em entrevista ao jornal O Globo, publicada nesta terça-feira (5), a presidente da Petrobras disse estar otimista em relação ao projeto da Petrobras na Margem Equatorial e que esse assunto pode ser resolvido no atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“O país entende essa necessidade e a coexistência com a ampliação das energias renováveis e a produção do petróleo”, disse. “Tempos atrás, se dizia que tinha coral lá, e hoje todo mundo já sabe que não estava lá. Os argumentos vão caindo um por um. O que a gente precisa é falar sobre eles. A grande mudança da administração foi essa: botar luz sobre um assunto que precisa ser resolvido”. 

Segundo Chambriard, a expectativa para o dia 12 é que seja definida como será a APO (Avaliação Pré-Operacional), testes e simulações para verificar se a empresa tem capacidade de proteger a fauna local em caso de acidente. “Esse é o último passo”, afirmou.

A presidente da Petrobras declarou que, no fim de junho, as embarcações e aeronaves disponíveis para fazer essa avaliação foram fiscalizadas e, no início de julho, a empresa recebeu um laudo dessa verificação: “A gente imaginava que, logo a seguir, fosse a APO, mas aí a notícia que tenho é que teve férias da equipe técnica do Ibama”. Questionada sobre o impacto do atraso na Margem Equatorial, Chambriard respondeu: “O impacto é uma sonda parada que, entre os custos de bens e serviços e a sua diária, chega a R$ 4 milhões por dia”.

Privatização da BR Distribuidora

Chambriard também falou sobre o que considera uma perda de influência da Petrobras em reduzir o preço dos combustíveis ao consumidor final, desde que a BR Distribuidora, hoje Vibra Energia, foi privatizada, durante o governo do ex-presidente Bolsonaro (PL). 

“No momento em que se saca a BR Distribuidora do Sistema Petrobras, a empresa passa a ser privada, e o poder estatal deixou de influenciar essa ponta. É por isso que quando a gente tem reduções sensíveis, o consumidor não tem a percepção disso porque ela fica no meio do caminho”, declarou a presidente.

Chambriard acrescentou que um eventual retorno ao mercado de distribuição não pode ser debatido, uma vez que há, no contrato de venda da BR Distribuidora, uma cláusula de não competição até 2029. Mencionou ainda um “incômodo” com a continuidade do uso da marca BR pela Vibra. 

“O que nos incomoda é a nossa marca exibir preços de combustíveis que a gente considera elevados. A gente tem a Vibra usando a nossa marca”, afirmou, assinalando que a remoção de marca (debranding) já vem sendo discutido com a Vibra.

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