Edifício Joelma: 50 anos do incêndio que deixou 187 mortos e mais de 300 feridos; veja fotos
Curto-circuito em ar-condicionado no 12º andar deu início às chamas no prédio, em 1974

O incêndio no Edifício Joelma, no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, completa 50 anos nesta quinta-feira (01). No total, 187 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas. Um curto-circuito no ar condicionado deu início ao fogo que se espalhou pelo prédio.
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As chamas começaram no escritório de um banco, localizado no 12º andar. Cortinas, carpetes e a varanda foram tomados pelo incêndio, que iniciou por volta das 8h30. O prédio estava pronto há três anos, desde 1971. São Paulo, em 1974, tinha 5 milhões de habitantes. O Edifício Joelma, com 25 andares, era um dos mais altos da capital.
Dos andares um a sete (correspondente, em altura, ao 10), estava o estacionamento. As salas de escritório eram localizadas dos andares 11 a 25.
Por mais de três horas o prédio foi consumido pelo fogo, o que resultou na destruição de 14 pavimentos. Registros apontam que os botijões de gás presentes no local explodiram, lançando blocos de paredes.
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Sem escadas de incêndio e heliponto, o prédio era coberto por telhas de amianto, o que impossibilitava os bombeiros de pousarem no topo para resgate das vítimas. Mais de 60 pessoas fugiram para o terraço e morreram carbonizadas, o restante caiu ou se atirou.
Outros problemas na segurança do prédio foram encontrados, como a ausência de escadas de emergência e plano de evacuação, improviso nas ligações elétricas, falta de brigada de incêndio e de água nos hidrantes - as caixas d’água estavam com o registro fechado.
O Edifício Joelma foi reformado após um ano e teve a segurança reforçada. Um dos resultados da tragédia foi o Decreto 10.878, publicado pelo prefeito da época, Miguel Colassuonno, que determina normas para a segurança de edifícios que devem ser observadas na elaboração e execução de projetos.
Confira imagens do incêndio no Edifício Joelma
(*Lívia Ximenes, estagiária sob supervisão do editor de conteúdo de Oliberal.com, Bruno Magno)
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