Corpo de mulher que decapitou o filho de 6 anos foi desenterrado e incendiado
A polícia ainda não tem suspeitos identificados e até o momento ninguém foi preso
Na última semana, um fato repercutido na mídia local deixou estarrecida a população de João Pessoa (PB). Maria Rosália Gonçalves Mendes, de 26 anos, decapitou o próprio filho, de apenas 6 anos, no que foi descrito como um ritual satânico. Encontrada em surto por policiais chamados pelos vizinhos, ela investiu contra eles com uma faca e só foi detida após receber vários tiros. Levada em estado grave ao hospital, ela morreu 28 dias depois e foi enterrada no cemitério da cidade de origem, Itambé (PB), no dia 19 de outubro. Porém, na madrugada deste sábado, o corpo de Maria Rosália foi encontrado desenterrado e queimado.
Segundo informações apuradas pela polícia, um grupo de pessoas teria invadido o cemitério e violado a sepultura. Depois de tirar o corpo da cova, teriam incendiado e fugido em seguida.
Crime com requintes macabros
O crime ocorreu no dia 20 de setembro. Após ser acionada por vizinhos, que ouviram os gritos da criança, a polícia chegou ao apartamento onde os dois moravam e encontraram a mulher com uma faca na mão e a cabeça do filho no colo. Segundo depoimento dos policiais que atenderam a ocorrência, Rosália estava visivelmente transtornada e, ao ver os PMs entrando no apartamento, tentou atacá-los, mas foi contida após ser atingida por disparos de arma de fogo.
Mesmo ferida e algemada, ela ainda teria tentado se soltar e pegou uma tesoura para se matar. Levada a um hospital, ela ficou em coma até o último dia 17, quando faleceu por infecção generalizada.
Histórico de problemas mentais
Segundo relato feito pelos vizinhos de Rosália, ela teria se mudado para o apartamento onde tudo ocorreu menos de um mês antes do crime macabro. O menino vivia com os avós maternos, mas costumava ficar com a mãe alguns dias da semana. Informações colhidas junto a familiares dão conta de que Rosália já havia passado por unidades de saúde mental da capital paraibana. A última delas foi no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira, há pouco menos de um ano. Em uma das crises que teve pouco tempo após a internação, ela chegou a ameaçar familiares. Mas teria recusado seguir com o tratamento e tomar a medicação, alegando estar bem de saúde.
Na noite anterior ao dia do crime os vizinhos já tinham ouvido gritos do pequeno Miguel. Um dos moradores do prédio foi até o apartamento e bateu à porta para ver o que estava acontecendo. Maria Rosália abriu a porta assustada, com a criança do lado. O menino tinha semblante de choro, estava sem roupas, mas sem marcas de lesão no corpo. A mãe teria dito ao vizinho que o menino estava no banheiro e que ele era autista, “muito escandaloso”. Pediu desculpas pelo incômodo e disse que iria acalmar o filho.
Indícios de um crime elaborado
Os gritos voltaram a acontecer na madrugada, quando os vizinhos foram acordados com barulhos como de portas batendo e gritos do menino que dizia frases como “socorro, vou morrer”, “estou com medo, mamãe”, “socorro, me ajude” e “mamãe, eu te amo”. Um deles pensou que o menino havia sido abandonado sozinho em casa e acionou a polícia. Ele chegou a gravar um áudio dos gritos de Miguel para confirmar a denúncia.
Os policiais chegaram ao local por volta das 4h10 da sexta-feira e entraram no prédio com a ajuda de um dos moradores. No andar do apartamento de Maria Rosália, eles se depararam com a porta aberta, e ainda puderam ouvir os barulhos de batida vindos de dentro do imóvel. Ao entrar no apartamento viram manchas de sangue pelo chão e se depararam com o corpo da criança estirado na cozinha, já sem a cabeça. Na televisão, músicas e imagens de rituais satânicos ainda estavam sendo reproduzidos. A mãe parecia estar batendo sobre algo que estava no chão.
De imediato, os policiais deram ordem para que ela parasse o que estava fazendo. Foi quando ela se levantou e tentou atacá-los com duas facas.
O crime bárbaro destoa das publicações que Rosália costumava fazer nas redes sociais, em que aparecia ao lado do filho. Ela dizia que amava Miguel e que o menino "era o sorriso que a encantava todos os dias".
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O corpo de Rosália foi levado para ser sepultado na cidade de Itambé, município distante 50 km de João Pessoa, na divisa dos estados de Pernambuco e Paraíba. Já o do menino Miguel Ryan Mendes Alves foi enterrado no cemitério de Pedras de Fogo, cidade paraibana que faz divisa com Itambé, no dia 21 de setembro, um dia após o crime.
Maria Rosália chegou a ser indiciada pela Polícia Civil da Paraíba por homicídio triplamente qualificado contra a criança e por tentativa de homicídio contra os policiais militares que foram até o local no dia do crime. Com a morte dela, no entanto, o caso vai ser arquivado e haverá a "extinção da punibilidade". Quanto à violação da sepultura e do corpo ocorridos na madrugada deste sábado, ainda não há suspeitos identificados e até o momento ninguém foi preso.
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