Brigadeirão envenenado: cigana é suspeita de ajudar mulher a matar empresário
A namorada do empresário teria planejado a morte com a ajuda da cigana Suyany Breschak, a quem devia R$ 600 mil.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro está investigando a morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, encontrado morto em 20 de maio após consumir um brigadeirão envenenado. A principal suspeita é sua namorada, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos, que está foragida. Júlia teria planejado a morte com a ajuda de Suyany Breschak, uma cigana a quem devia R$ 600 mil.
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Suyany, presa em 29 de maio, revelou que Júlia era garota de programa e devia dinheiro pelos serviços espirituais prestados. Júlia conhecia Suyany há 12 anos e acumulou a dívida ao longo desse período. A cigana cobrava R$ 50 por consultas por voz, R$ 100 por vídeo e R$ 1.000 por "amarrações do amor". Júlia teria acordado pagar R$ 5 mil por mês para quitar a dívida.
No depoimento, Suyany disse que Júlia passava os fins de semana com outro namorado, ainda não ouvido pela polícia, e os demais dias com Luiz Marcelo. O empresário sabia da atividade de Júlia como garota de programa, pois a conheceu por meio de uma plataforma online de serviços sexuais.
A polícia acredita que Júlia e Suyany planejaram a morte do empresário por mensagens de celular e que a cigana ajudou Júlia a se desfazer dos bens de Luiz Marcelo após o crime. O carro da vítima foi levado para Cabo Frio e supostamente vendido por R$ 75 mil.
O Crime
Luiz Marcelo foi dado como desaparecido em 17 de maio. Câmeras de segurança registraram o casal no elevador do prédio onde moravam no Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio, no dia 17.
As imagens mostram Luiz Marcelo com um prato que a polícia acredita conter o brigadeirão envenenado. O laudo de necrópsia não determinou a causa da morte, mas identificou líquido achocolatado no sistema digestivo de Luiz Marcelo, sugerindo que ele morreu entre três a seis dias antes de seu corpo ser encontrado.
Júlia foi vista no elevador do prédio no dia 19 de maio e deixou o local com uma mala no dia seguinte. Ela teria levado os pertences e o carro do empresário, além de enviar mensagens pelo celular dele se passando por ele. O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado em 20 de maio após vizinhos chamarem a polícia devido ao forte cheiro.
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