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Após beijo, casal lésbico é repreendido por funcionária durante sessão de filme em sala de cinema

Durante a exibição do filme A Pequena Sereia, casal teria trocado "selinhos", o que incomodou a funcionária

Carolina Mota

Um casal de mulheres foi alvo de ataque homofóbico em uma sala de cinema, durante a sessão de um filme, em Brasília, na última quarta-feira (07). Uma funcionária da sala teria reclamado e repreendido as jovens após ambas trocarem beijos durante a exibição.

A situação ocorreu durante a exibição do filme A Pequena Sereia, live action aguardado pelo casal. Um pouco antes do início do longa, o casal trocou beijos quando foi abordado pela funcionária que teria dito que “isso não poderia ocorrer” no local.

A mulher teria afirmado que tal conduta não estava de acordo com as normas da empresa sendo, portanto, proibida. Patrícia, uma das vítimas, contou que haviam outras pessoas na sala, o que as deixou constrangidas. “De início, não havíamos entendido o que fizemos de errado, mas logo veio o sentimento de humilhação”.

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Após a abordagem, o casal procurou a gerência, que deixou claro que não existe nenhuma norma que proíba beijos durante as sessões, oferecendo a elas entradas para outra sessão além de combo de pipoca. “Ele foi gentil, mas nada disso paga ou anula a humilhação que passamos. Isso nunca vai tirar o sentimento de impotência e tristeza que sentimos”, desabafou Patrícia.

O caso foi registrado na Delegacia Eletrônica da Polícia Civil do Distrito Federal. Patrícia também fez uma reclamação no site Reclame Aqui, mas ainda não obteve resposta.

O que diz o Cinemark

A rede de cinemas Cinemark afirmou que repudia qualquer ato de discriminação e que não compactua com o comportamento da colaboradora. A empresa acrescentou que a funcionária já foi desligada da empresa. Além disso, afirmou que, tão logo tomou conhecimento do ocorrido, prestou apoio às clientes. “A empresa lamenta o ocorrido e informa que vai reforçar o treinamento do seu time”, afirmaram.

 


 

*(Carolina Mota, estagiária sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com)

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