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Advogado é preso suspeito de matar vizinho após discussão por conta de cachorro

Vítima e agressor já teriam se desentendido anteriormente pelo mesmo motivo e ambos mantinham armas de uso pessoal

O Liberal
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O advogado Luis Hormindo França da Costa, de 33 anos, foi detido sob suspeita de ter atirado e matado Manoel de Oliveira Pepino, de 73 anos, após uma discussão que teria começado pelo fato do cachorro do vizinho estar sem coleira e focinheira em área pública. O caso aconteceu em Mata da Praia, um bairro nobre de Vitória (ES).

Marília Pepino, viúva de Manoel, relatou que ela e o marido estavam na praça com o cachorro da família, Lobo, no último sábado (20/4), quando Luis apareceu acompanhado de seu cão. O advogado começou a reclamar do animal, que estaria solto sem os acessórios de segurança recomendados para cães como determina a Lei Municipal n°. 8121/2011, da Prefeitura de Vitória, que obriga o uso da coleira e da guia em espaços públicos, independentemente do porte e da raça.

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Vítima estava desaparecida há mais três meses, após sair em busca do cachorro.

Segundo Marília, Lobo estava à vontade por ser considerado dócil. A discussão teria começado quando os dois cachorros se cheiraram. O advogado ressaltou que já havia alertado sobre o fato do animal andar solto. “Ele parou, o Lobo foi cheirar o cachorro dele e ele começou a dizer: ‘Seu velho, você ainda vai se dar mal. Eu já pedi para você colocar esse cachorro na coleira’. Aí meu marido falou: ‘O seu cachorro é bravo. Ele não, ele é dócil'”, contou a viúva.

O bate-boca ficou mais acalorado e os dois passaram a trocar xingamentos e ameaças. Nesse momento, o aposentado foi até em casa e pegou uma arma. Quando ele voltou, começou uma troca de tiros.

Luís França alegou aos policiais chamados para atender a ocorrência que o aposentado teria começado a disparar. Já a esposa de Manoel afirmou que advogado atirou primeiro. Um dos disparos também acertou Lobo, o cachorro da família, que está internado em uma clínica veterinária, e outro atingiu uma janela da casa do aposentado. Moradores da vizinhança afirmaram ter ouvido mais de trinta disparos.

De acordo com a Polícia Militar, o advogado disse que ele e Manoel já haviam se desentendido por conta dos cachorros. A mesma informação foi dada por amigos e parentes do aposentado.

A versão do suspeito

A Polícia Militar informou que foi acionada para atender a uma ocorrência de homicídio por arma de fogo no bairro Mata da Praia, em Vitória, na noite deste sábado (20). No local, a equipe encontrou um homem, de 73 anos, caído no chão, já em óbito. A perícia foi acionada. Com a vítima, foi encontrada uma arma de fogo.

O advogado alegou ter sido vítima de tentativa de homicídio e admitiu que estava em posse de uma arma de fogo, que foi entregue à polícia junto com o carregador. Em depoimento, ele informou que já havia alertado o vizinho sobre o fato do cão andar sem coleira e que o mesmo, inclusive, já teria atacado seu animal em outra ocasião. 

Ele disse que os três começaram a discutir e, em dado momento, o idoso saiu e, ao retornar, passou a efetuar vários disparos contra ele. Como também estava armado, ele disparou contra o vizinho enquanto tentava se proteger dos tiros, mas Manoel continuava avançando em sua direção e atirando. Depois que o aposentado foi atingido e caiu no chão, ele ligou para o SAMU e aguardou a chegada da Polícia Militar.

Luís Hormindo apresentou a documentação pessoal e os documentos da arma. Ele foi conduzido à 1ª Delegacia Regional de Vitória e depois encaminhado ao presídio militar, localizado no Quartel da Polícia Militar.

Diante da repercussão do caso, o governador do estado, Renato Casagrande (PSB), comentou o incidente no X (antigo Twitter), neste domingo (21/4). "A troca de tiros em um bairro nobre de Vitória que resultou na morte de um dos envolvidos evidencia a cultura da violência presente na sociedade. Também é preciso registrar que a facilidade de acesso às armas torna desentendimentos entre as pessoas momentos de risco extremo. Combater a violência é dever do Estado, mas também de cada um de nós", afirmou

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