‘Achei que era gastrite’, diz jovem que deu à luz sem saber de gravidez
Ela usava anticoncepcional havia 8 anos e desconfiou estar grávida com pesquisa na internet

Uma sucessão de atos errados, do ponto de vista da saúde, levou Ana Paola de Toledo Souza, 29, a descobrir que estava grávida pouco antes do parto.
Em agosto de 2020, depois de um cafezinho entrar mal, a jovem procurou atendimento médico. Parecia gastrite. Saiu do consultório com remédios e um encaminhamento para um médico especializado.
Mas o que ela fez? Continuou comendo muita besteira e não marcou o retorno ou foi atrás de um especialista. E a negação do problema se agravou ao arranjar empregos em loja de roupas e em lanchonete, passando muito tempo em pé. E os pés estavam inchados. Só poderia ser do trabalho, problema de circulação. Sem consultar médico, pediu demissão.
Mas logo o que se pensa é: e a barriga não cresceu? Sim, mas muita gente engordou durante a pandemia, e Ana achava que esse era o caso dela. No máximo, precisaria de dieta. E aquele lance de instinto materno, de a gravidez mudar as coisas, sentir o outro ser, nada disso. Nem o batimento cardíaco ou chutes do pequeno na barriga ela sentiu.
No Dia da Mentira, 1º de abril, veio a verdade. A jovem acordou com cólica e a barriga dura, e urinando branco. Perguntou ao “Dr. Google” e os sintomas indicavam trabalho de parto. “Desacreditei, tentei descartar essa possibilidade, meu namorado e minha mãe também. Porque não tinha como acreditar que eu estava com um filho na barriga e já para nascer”, contou, em entrevista ao G1.
No hospital, fez um exame de urina que acusou infecção urinária e anemia. Mas, para tirar a dúvida, Ana e o namorado compraram um teste de farmácia e receberam, com surpresa, o resultado: positivo.
Voltaram ao hospital e Ana, sem tempo para esperar resultados de exames, foi encaminhada para uma maternidade. Lá, apresentou o teste de farmácia, explicou a situação, e foi encaminhada com urgência para atendimento com ginecologista.
“Nem a equipe médica conseguia acreditar que eu estava grávida”, jura. A jovem já estava com quatro centímetros de dilatação e foi internada às pressas.
“Não deu tempo nem de saber o sexo antes do parto. Simplesmente nasceu uma menina perfeita. Enquanto a médica retirava minha placenta, meu namorado pesquisava o significado do nome Manuelly, que é ‘Deus conosco’, e coincidiu com o que acabamos de viver. Foi inesperado, sem planejamento, mas foi nosso melhor presente. Deus é tão perfeito que a nossa Manu nasceu super saudável. Eu não me cuidei a gestação inteira, tomei vários medicamentos por conta da gastrite, remédios para azia, e faço uso do gardenal, porque, desde pequena, tenho crises convulsivas se não o tomo”, explica.
Manu e Ana estão em casa e passam bem.
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