Supermercados e feiras têm movimento tranquilo para compras no último dia do ano em Belém
Bebidas, frutas e ingredientes da culinária paraense como camarão e tucupi estão nas listas dos compradores de última hora
Quem deixou para fazer as compras de final de ano de última hora em Belém encontrou poucas filas e movimento tranquilo na manhã desta sexta-feira, 31. A reportagem de OLiberal.com visitou um supermercado do bairro do Marco e a Feira da 25, para acompanhar o movimento de clientes.
No supermercado Nazaré da Avenida Duque de Caxias, caixas praticamente sem filas foram o alívio de quem deixou para completar os itens da ceia de final de ano de última hora. A técnica de enfermagem Andrea Patrícia aproveitou um dinheiro na conta para completar a mesa.
“Ficou para última hora os preparativos dos doces, porque no Natal eu não pude fazer, e como caiu o dinheiro na conta, hoje vim comprar para fazer um belo pavê de chocolate”, contou Andrea, que também comemorou a possibilidade de fazer as compras de forma mais tranquila. “Quanto menos aglomeração, melhor”, disse.
Mesmo com o movimento tranquilo, um problema persistiu. A autônoma Sandra Regina, que deixou para comprar “praticamente tudo” de última hora, reclamou da alta de preços dos produtos da ceia.
“Estamos vendo que os preços aumentaram muito, principalmente agora nessa última hora, da virada. Mas não pode ficar sem, é tradição a gente fazer. Então a gente tem que encarar os preços mesmo e procurar comprar o que der pra comprar”, declarou.
Sandra conseguiu comprar tudo o que precisava, no entanto, precisou substituir algumas marcas por aquelas mais baratas. “A gente era acostumado a comprar num valor fora desse tempo, um valor mais baixo um pouco, azeitona, ervilha, queijo. Hoje está tudo com preço absurdo. Então a gente realmente tem que trocar, procurar a marca mais barata”, explicou.
Ainda no supermercado do bairro do Marco, a servidora pública Naíma Anjos deixou para última hora apenas alguns itens, devido a rotina intensa. “Como a gente vai se reunir na casa dos meus pais, eles já compraram boa parte das coisas. Então a gente só veio mesmo pegar um espumante, uma fruta que acabou não sendo encontrada, e aí vamos nos reunir lá”, contou ela, acompanhada da família.
Naíma também destacou a alta dos preços, comparando com a ceia do ano passado. “Acho que talvez a ceia do ano passado fosse mais farta com o mesmo gasto. Hoje a gente gasta mais e leva menos coisas. É essa a sensação”, avaliou.
Camarão é número 1 de última hora
Na Feira da 25, o item mais procurado era o camarão, em suas mais diversas formas: fresco, cozido, sem casca e congelado. A enfermeira Keila Socorro veio direto de seu último plantão para garantir uma última porção para garantir a ceia.
O prato que pretende fazer é um vatapá, mas destacou que já tinha comprado camarão antes para outros preparos, como uma macarronada e um bobó. “Vai dar tempo de fazer”, garantiu ela, destacando que não observou aumento no preço do marisco em relação ao último ano.
A feirante Josiane Silva destacou que o movimento no último dia do ano costuma ser realmente moderado, considerando que muita gente viaja para o interior na data. Ela contou que os itens mais procurados no último dia do ano são tucupi, jambu cozido e o camarão - ingredientes bastante comuns em pratos da culinária paraense.
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