Sábado é de movimento tranquilo no Terminal Hidroviário de Belém

O espaço foi reaberto no dia 19 de junho

Roberta Paraense

A manhã do primeiro sábado de julho (4), foi marcada pela movimentação tranquila no Terminal Hidroviário de Belém. As embarcações saíram entre 8h e 8h30. Mesmo com o fluxo tímido de passageiros, todas as cadeiras estavam demarcadas para manter o distanciamento social entre as pessoas, devidamente usando máscaras. No entanto, na porta do espaço, nenhum funcionário verificava a temperatura de quem entrava no local.

O espaço foi reaberto no dia 19 de junho, quando o Governo do Pará flexibilizou as medidas restritivas para a contenção do contágio da pelo novo coronavírus na região.

Desde a retomada, até o dia 30 de junho, foi registrado quase nove mil usuários passando pelo local. Antes da pandemia, o Terminal Hidroviário recebia duas mil pessoas por dia, atualmente, a média é de 700 usuário.  

Das 11 empresas que estão autorizadas a funcionar, apenas oito seguem com as atividades. Segundo a assessoria de imprensa do local, a operação caiu para 60% da capacidade. Os destinos mais procurados são Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras, na ilha do Marajó. As viagens para o Amapá e Amazonas, então suspensas. Porém, não é por determinação do Governo do Pará, e sim, pela administração dos estados vizinhos, que ainda não liberou as fronteiras aquáticas.

O vai e vem das decisões, colocou Núbia da Silva, de 37 anos, em uma difícil situação. Com um bebê de 5 meses no colo, ela terá de passar dois dias abrigada em um navio, ancorado em Belém, para então, seguir viagem a Macapá, na próxima segunda-feira (6). A autônoma mora em Petrolina, em Pernambuco. Ela chegou na capital paraense, de ônibus, nesta sexta-feira (3), para embarcar em um navio com destino ao Amapá. Porém, para sua surpresa, recebeu a informação que as viagens interestaduais estão suspensas.

“Não tem viagem direto de Petrolina para Macapá. Então, tive de desembarcar em Belém de ônibus, para pegar um navio e seguir para o meu destino. Mas, as viagens ainda não estão saindo. Como não tenho dinheiro para pagar um hotel, conversei com a administração do Terminal, e eles me deixaram ficar aqui, dentro de uma embarcação aportada”, conta Nubia, que está indo buscar sua outra filha, de 17 anos, no estado vizinho. “Ela terminou o casamento, e estou indo buscá-la, para voltar a morar comigo”, contou a autônoma que ainda não tem ideia de como conseguir dinheiro para pagar sua passagem de volta.

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