Padre Cláudio Pighin reflete sobre a Ascensão do Senhor e destaca amor incondicional de Deus
Segundo ele, o Evangelho mostra “quanto Deus nos ama, nos ama demais”
Durante reflexão sobre a solenidade da Ascensão do Senhor, o padre Cláudio Pighin destacou a dimensão do amor de Deus e a missão confiada aos apóstolos e a todos os cristãos. Segundo ele, o Evangelho mostra “quanto Deus nos ama, nos ama demais”. E acrescentou: “Parece que não sossega em nos buscar, insiste o tempo todo procurando-nos. Ele quer o nosso bem.”
O sacerdote explicou que esse amor é infinito e alcança sua plenitude na entrega de Jesus. “Esse amor infinito chega até a paixão e a morte, e logo em seguida a ressurreição. A paixão de Jesus é a entrega total ao ser humano.” Ele ressaltou, no entanto, que essa entrega é feita mesmo diante da liberdade humana de rejeição. “Do outro lado, o mesmo, isto é, o ser humano pode aceitar ou rejeitar, acreditar ou negar, admirar ou blasfemar.”
“Porém, ele não recua nesse amor. Chega até a morte, porque o amor está acima de tudo isso, de qualquer resistência. E esse amor de Deus não pode ser eliminado pela morte, propriedade da carne”, afirmou padre Cláudio. “Enquanto o Espírito de Deus é a ressurreição, é o testemunho desse amor que se doa e vive para sempre. Vai além de qualquer barreira que a criatura humana possa experimentar.”
Segundo ele, esse projeto de amor é perpetuado na história por meio da missão dos apóstolos. “E tudo isso é transmitido e garantido na nossa história pelo envio dos apóstolos por parte do nosso Deus, Jesus Cristo.” E essa missão tem um alcance universal. “Para quem? Para todos, sem distinção de ninguém. Todos são escolhidos por Deus para fazer parte do seu reino, onde se experimenta esse amor pela conversão e o perdão dos pecados.”
Ele enfatizou que a conversão leva a uma vida nova. “Desse jeito, começamos uma nova vida, uma vida divina, uma vida de salvação.” E completou: “O amor de Deus é maior que os nossos pecados, as nossas limitações. A cruz, portanto, nos revela não uma derrota, mas justamente esse amor que perdoa e dá vida.”
Padre Cláudio reforçou que esse amor deve ser conhecido na prática da vida. “Assim sendo, se compreende esse amor testemunhando-o através da vida prática, conhecemos Deus.” E lembrou: “Deus não abandona os seus filhos. E agora, com a força do Espírito Santo, nos assegura a sua presença.”
Segundo ele, foi essa força que transformou os apóstolos. “De fato, os apóstolos revestidos por esse dom não tiveram mais medo e foram ao encontro dos povos.” Ele destacou ainda que “Esse poder do Espírito Santo nos garante a eficácia da evangelização. Essa nova presença invisível de Deus, que substitui aquela visível de Jesus, continua o mesmo projeto de salvação.”
“A bênção do Mestre ressuscitado antes da sua ascensão é uma graça que mantém os apóstolos unidos em plena comunhão com o Senhor. Abre-se, desse jeito, o caminho da história da igreja”, afirmou.
O padre concluiu destacando que essa experiência rompe os limites humanos e gera alegria. “Essa certeza desse encontro que não tem mais com fim, por quê? Porque rompeu os limites humanos e, portanto, dá alegria. Essa imensa alegria não permite mais de se fechar em si, mas de ir ao encontro de quem quer que seja.”
“Para ter uma pastoral aberta e corajosa, tem que experimentar a alegria de pertencer ao Nosso Senhor vivo. Esse espírito de contemplação da força de viver a vontade de Deus, tendo capacidade de superar as situações mais adversas”, disse.
Por fim, deixou uma série de perguntas aos fiéis: “Está experimentando alegria em viver a sua vocação de cristão? Essa fé ajuda a derrubar, por exemplo, as tentações do egoísmo? Ajuda a se doar na comunidade?”
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