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Movimento vai mais uma vez às ruas de Belém pedindo paz

Caminhada Pela Paz e pela Vida mantém a memória dos que partiram ao cobrar combate à violência

Caio Oliveira

O Movimento Pela Vida (Movida) foi mais uma vez às ruas do Marco em caminhada alusiva ao Dia Estadual de Luta pela Vida e Paz, celebrado neste 10 de janeiro. Com concentração na travessa do Chaco, a caminhada reuniu familiares e amigos de pessoas que perderam a vida, seja com violência policial, assaltos, latrocínios e outros crimes contra vida, ou em casos de mortes no trânsito e vítimas de erro médico. 

Tudo começou com a morte de Gustavo Russo, promotor de eventos que perdeu a vida na tarde do dia 10 de janeiro de 2005. O rapaz deixou a casa da mãe no mesmo bairro do Marco para comprar um lanche quando foi abordado por um criminoso, que estava fardado como um policial e o obrigou a entrar no carro, fazendo-o refém. Ao perceber a estranha movimentação, três carros da Polícia Militar saíram em perseguição pelas ruas da capital paraense, dando início a um tiroteio que acabou matando Gustavo e o fugitivo. 

Após a morte do filho, a bancária aposentada Iranilde Russo resolveu manter viva a memória de Gustavo ao organizar eventos, passeatas e manifestações, cobrando a responsabilização dos envolvidos. "A partir daí, eu reuni minha família para fazer nosso manifestos contra a violência. Só peço paz, pois nosso país precisa, cada vez mais, de paz e de amor. Foi por isso que nos juntamos. Quinze sem Gustavo Russo e quinze anos de Movida, para clamarmos por isso, por paz", disse Iranilde Russo, líder do movimento.

A luta da mãe que perdeu seu filho ecoou nos gritos por justiça de muitos outros que perderam entes queridos, que tomaram as ruas, com o caso de Ana Barbosa, que perdeu o filho Alan, de 17 anos, em um procedimento médico em 2009. "Minha luta tomou o mundo. Hoje, eu faço viajo pelo Brasil dando palestras e falando da morte do meu filho, ajudando pessoas com perdas semelhantes a obter justiça. Eu não posso parar nem se eu quisesse, pois essa luta não é mais só minha", disse a mãe, que hoje é palestrante.

Além das duas mulheres, dezenas de outras pessoas foram às ruas para chamar a atenção das autoridades para o combate à violência e de lembrar que muitos casos continuam impunes.

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Belém
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