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Motoristas de aplicativo vão paralisar nesta segunda por taxas mais justas

Cerca de 4 mil motoristas de aplicativos devem paralisar as atividades em Belém e Região Metropolitana como forma de protesto nesta segunda-feira (9)

Lucas Costa

Motoristas de aplicativos de Belém e Região Metropolitana devem paralisar os trabalhos ao longo de todo o dia nesta segunda-feira (9) como forma de protesto. Segundo divulgado pelo Sindicato de Motoristas de Transporte por Aplicativo do Estado do Pará (Sindapp), a categoria reivindica melhores condições de trabalho, assim como tarifas mais justas quanto ao valor do quilômetro rodado e outras taxas.

Euclides Magno, presidente do Sindapp, explica que alguns motoristas irão desligar os aplicativos já às 22h deste domingo (8), e o protesto só finaliza às 23h59 da segunda-feira. Grupos também irão se reunir em dois pontos da cidade a partir das 6h de segunda-feira: no estádio Mangueirão, e no Complexo Turístico Ver-o-Rio. De lá, os veículos saem em carreata até a Praça do Operário, em São Brás.

“Muitos motoristas vão desligar o app como forma de protesto devido aos baixos repasses da plataforma para nós. Estão repassando menos do que está no contrato, eles [os aplicativos] estão dando muito desconto para os passageiros, mas não baixam a porcentagem deles, sobrecarregando os motoristas. O motorista é quem arca com os insumos, a gasolina, a troca de pneus, por exemplo. Desde quando as plataformas chegaram pra cá, só tem diminuído os valores”, reclama Euclides.

O presidente destaca que o grupo não pretende fechar vias como forma de protesto, já que o objetivo é chamar a atenção dos aplicativos; por isso a suspensão do trabalho ao longo de um dia inteiro.

Adesão

O presidente do Sintepp diz que a expectativa é de que 4 mil motoristas em média participem do protesto, frente a média de 23 mil motoristas que hoje dirigem para os aplicativos em Belém e Região Metropolitana. Ele diz ainda que há campanha com carros pintados e bandeiras para chamar a atenção dos “lobos solitários” - motoristas de aplicativos que não fazem parte de nenhum grupo ou sindicato, para que também façam parte do protesto.

Quem paga pelo desconto

Euclides explica que os baixos valores das corridas prejudicam principalmente motoristas. “Quando chegou aqui há quatro anos era cerca de R$ 7 a corrida mínima, de 5 a 8 km, depois diminuiu para R$ 6,50, e hoje está para nós R$ 4,50, ou seja, é menos que uma corrida de moto-táxi”, conta.

O que os motoristas pedem, segundo Euclides, é uma revisão de taxas para que os trabalhadores não tenham prejuízos, e nem chega ao valor ideal. Ele reclama ainda que o repasse feito pelas empresas é variável, e chega a ser muito menor do que o estabelecido pelo contrato imposto aos motoristas para que possam trabalhar nos aplicativos.

“O que está no termo de acordo que a gente não assina, pois é imposto a nós, ou eles não liberam para trabalhar; é de que o repasse seria de 75% para nós. Mas a gente não sabe como funciona essa matemática, às vezes o repasse cai para 60% e chega até a 55%”, diz Euclides.

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