Missa homenageia centenário do jornalista e empresário Romulo Maiorana

Uma missa em homenagem ao centenário de Romulo Maiorana, jornalista e empresário fundador do Grupo Liberal, foi celebrada na tarde desta quinta-feira (20), no hall central da sede da empresa de comunicação, em Belém. A cerimônia eucarística contou com a participação de amigos, familiares e colaboradores do grupo, que resgataram memórias ao lado do "Seu Romulo", como era carinhosamente chamado, e refletiram sobre a importância da caridade, principal característica atribuída ao saudoso comunicador.

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O padre Cláudio Pighin, responsável por presidir a missa, destacou que a realização da cerimônia representa a perpetuação, pela fé, de tudo aquilo que Romulo Maiorana fez em vida. Por isso, a homília enalteceu a vida que não acaba através do legado que pode ser deixado às pessoas por meio de Jesus Cristo. 

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"Uma de suas características mais marcantes era a caridade. Romulo era muito atento para ajudar quem estava com dificuldades, essa caridade é o que perpetua a nossa vida, a vida não morre, portanto, é eterna. Isto é, da nossa vida não se deduz somente aquilo que estamos enxergando porque estamos vendo o corpo que desfalece depois. Essa característica dele hipotecou uma vida que dura, não são os méritos que nos salvam, mas sim a caridade", afirmou.

Um legado de sucesso

Muito mais que um empresário de sucesso, Romulo Maiorana sempre será lembrado por sua família como um pai amoroso, revela a filha e diretora comercial do Grupo Liberal, Rose Maiorana. "É um momento muito feliz porque a gente tem que nunca esquecer a memória do papai, o legado que ele deixou. Ele poderia não estar com cem anos, mas ele está nas nossas vidas. O papai era uma pessoa muito boa, humilde, não discriminava as pessoas, tinha muito discernimento, era religioso e ele passou isso pra gente", declarou.

Rose Maiorana relembrou ainda o velório do pai e revelou ter ficado surpresa com o que presenciou. "Quando foi o velório do papai, me surpreendeu muito ver tanta gente. Isso porque o papai era uma pessoa incrível, que gostava de viver, que tinha uma visão sempre pra frente, que sempre via o bem e nunca o mal e a gente não pode esquecer isso", pontuou.

Rosângela Maiorana, filha e vice-presidente do Grupo Liberal, avalia que comemorar o centenário de nascimento do pai é importante não só para a família Maiorana como para toda sociedade em função do que ele representou na imprensa do Pará. "É perpetuar a memória dele através do que ele fez e das empresas que continuam sendo administradas por todos nós, por nossos colaboradores, mas que tudo veio de um legado dele, foi o legado que ele deixou", ressaltou.

"No dia de hoje ele estaria bem feliz, porque ele adorava o aniversário dele, era uma pessoa muito festeira, alegre, muito carismática, então eu já ia estar feliz por isso. Imagina, ele não está completando cem anos aqui, mas ele está completando cem anos em outro plano, e ver que o legado dele continua, principalmente o legado por todas as declarações que a gente ouviu na missa, um legado de amor, eu acho que ele estaria bastante feliz", completou Rosângela Maiorana.

Experiência que cativava

Colaboradores que tiveram a oportunidade de conviver com Romulo Maiorana em uma das empresas do Grupo Liberal guardam na memória grandes aprendizados adquiridos ao lado do "chefe". Para Fernando Nascimento, superintendente da TV Liberal, foi muito prazeroso e enriquecedor trabalhar com o empresário.

"Enriquecedor do ponto de vista de relacionamento interpessoal, de relacionamento humano, e de aprendizado pela sabedoria dele, pela calma que ele tinha em situações complexas, a gente sempre tirava um grande aprendizado de todo esse relacionamento, sem falar no respeito que ele tinha com a gente, ele entendia que o grande patrimônio dos negócios dele eram os talentos que conseguiu, ao longo da trajetória dele como empresário, trazer para perto dele, e não só trazer como fazer a coisa mais difícil que é reter esses talentos, as pessoas tinham uma longeva relação com ele e isso ficou como herança", enfatiza Nascimento.

Quem teve a oportunidade de conhecer e trabalhar com Romulo Maiorana conta que ele foi mais que um "chefe", muitas vezes foi um grande amigo. É o caso de Francisco Dejacir, mais conhecido como "Ceará", de 82 anos. "Ceará" trabalhou por 40 anos no jornal O Liberal e conheceu o "Seu Romulo" quando a sede do periódico ainda era na rua Gaspar Viana, bairro da Campina.

"Seu Romulo era um homem que não existe outro igual a ele, alguém com uma visão muito grande, ajudava as pessoas, se dedicava aos funcionários, ele sempre estava conosco na oficina nos dando atenção, tinha amor tanto a empresa quanto aos funcionários, isso cativava a gente, todos nós trabalhávamos com perseverança e vontade de fazer a empresa ir pra frente. Apesar de eu ter saído da empresa em 2002, não me esqueço e sinto muita falta dele. Por isso, estar aqui hoje é a oportunidade de relembrar essa época que trabalhamos juntos", declarou.