LibTalks e Ministério das Cidades encerram série destacando financiamento para cidades sustentáveis
Ministro Jader Filho diz que o saldo dos encontros é encontrar novas alternativas para o futuro das cidades
O LibTalks – Cidades Sustentáveis e Resilientes, promovido pelo Grupo Liberal em parceria com o Ministério das Cidades, encerrou nesta quinta-feira (20) sua série de debates destacando um dos temas mais decisivos para o futuro urbano: o financiamento de projetos que garantem adaptação climática, habitação digna e desenvolvimento sustentável.
Participaram do painel o ministro das Cidades, Jader Filho, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará, Alex Carvalho, e o economista e associado sênior da Nature Finance, Gustavo Martins, sob mediação do jornalista Ney Messias, diretor de entretenimento e rádio web do Grupo Liberal.
Para o ministro das cidades os encontros da semana deixaram contribuições essenciais para o futuro das cidades brasileiras, reforçando a importância do diálogo entre governo, iniciativa privada e sociedade.
"Vamos encontrar alternativas para o futuro de Belém, do Pará, do Brasil e do planeta se conseguirmos dialogar. Cada pessoa traz uma visão e, a partir dela, construímos contribuições”, declarou.
Natureza como infraestrutura e foco dos investimentos urbanos
O economista Gustavo Martins destacou a pertinência de discutir financiamento no contexto da COP 30 e das transformações urbanas no Brasil. Para ele, as cidades concentram tanto a maior parte da população quanto os impactos climáticos mais severos — o que exige investimentos imediatos em adaptação.
“Hoje mais de 50% da população do mundo vive em cidades. Esse recorte feito pelo Grupo Liberal e pelo Ministério das Cidades é muito importante, porque é onde estão as pessoas que mais sofrem com os problemas climáticos e onde precisamos investir em adaptação”, afirmou.
Martins também chamou atenção para uma lacuna estrutural no mercado financeiro: a falta de valorização da natureza como ativo estratégico.
Durante o painel, ele destacou que muitas instituições financeiras ainda não compreendem o valor econômico da natureza, desperdiçando oportunidades de investimento em soluções sustentáveis que dialogam com a realidade amazônica e brasileira.
"Bancos e instituições financeiras ainda não aproveitam as oportunidades de financiar projetos que integram conservação ambiental e desenvolvimento, algo essencial para a realidade local”, disse o economista.
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Gustavo reforçou ainda que a natureza deve ser encarada como componente estrutural das cidades.
“A natureza deve ser vista como infraestrutura, não só de forma moral. Ela protege as cidades dos grandes riscos e traz retorno financeiro também”, afirmou.
"O Brasil não é só Rio e São Paulo", diz o ministro
Durante o debate, o ministro ainda defendeu que o Brasil precisa descentralizar a visão do eixo sul-sudeste.
O ministro das Cidades, Jader Filho, também reforçou a importância do momento histórico para o país ao afirmar que o Brasil não pode continuar concentrando decisões e recursos em poucas regiões.
Em sua fala, destacou que “o Brasil precisa compreender que não é só Rio e São Paulo, por isso esta COP é diferente”, explicando que as ações do Governo Federal têm buscado romper com o padrão do “mais do mesmo”, descentralizando investimentos e fortalecendo municípios de todas as regiões. Essa estratégia, segundo ele, é fundamental para reduzir desigualdades e promover um desenvolvimento mais equilibrado.
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Financiamento como elo entre desenvolvimento, tecnologia e redução de emissões
O presidente da Federação das Indústrias do Estado Pará, a FIEPA, Alex Carvalho, reforçou que o financiamento — especialmente o financiamento verde — é transversal e estratégico para promover desenvolvimento sustentável na Amazônia e nas cidades brasileiras.
“A questão financeira oportuniza acesso à tecnologia, ao mundo digital, melhora competitividade, logística e produção. Isso gera desenvolvimento”, explicou.
Para ele, linhas de crédito específicas têm capacidade de transformar cadeias produtivas e aproximar o Norte das exigências globais de sustentabilidade.
“Linhas de financiamento verde permitem integralizar processos produtivos com menos pegada de carbono, incentivar a economia circular e viabilizar uma infraestrutura logística adequada à nossa realidade amazônica”, afirmou.
Durante o painel, ele afirmou:“Só quem entregou uma chave do Minha Casa, Minha Vida sabe o que é resgatar a dignidade de uma família”, disse, destacando que políticas públicas e setor produtivo precisam atuar juntos para ampliar esse impacto.
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Para ele, linhas de crédito específicas e diferenciadas para o Norte são fundamentais para gerar inovação, atrair empreendimentos e transformar a realidade urbana da Amazônia.
Jader Filho destaca expansão habitacional, obras estruturantes e participação da sociedade
O ministro destacou avanços do governo federal na política habitacional e antecipou metas do Minha Casa, Minha Vida.
“O presidente Lula estabeleceu a meta de 2 milhões de casas em quatro anos. Vamos antecipar essa meta em um ano e alcançá-la até o fim de 2025. Depois, ampliaremos para 3 milhões de moradias”, disse.
Ele também mencionou o novo programa Reforma Casa Brasil, voltado a melhorias em residências existentes, como ampliação de cômodos e obras de estrutura.
Ao comentar o papel do LibTalks, Jader ressaltou a importância de aproximar a COP 30 da população.
“Essas discussões esclarecem e fazem com que as pessoas compreendam a complexidade dos desafios. Muitos perguntam: ‘A COP está acontecendo em Belém, mas por quê? O que ela muda na minha vida?’ A seleção dos temas foi muito rica por trazer informação para a sociedade”, afirmou.
O ministro encerrou reforçando a necessidade de manter o espaço de diálogo criado pelo LibTalks.
“É debatendo, discutindo e trocando ideias que vamos encontrar as alternativas para um mundo melhor. Que o LibTalks permaneça e traga novos temas”, concluiu o ministro.
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