Lazer x trabalho: moradores de Belém curtiram o feriado das duas formas
Muitas famílias passearam nas praças da República e Batista Campos, mas esses espaços também foram ocupados pelos vendedores que não folgaram nesta segunda-feira

Muita gente aproveitou o feriado do Dia do Trabalhador, nesta segunda-feira (1º), e foi passear nas praças da República e Batista Campos. Famílias inteiras curtiram uma manhã de muito sol. O pedreiro Lucivaldo Gaia, 40 anos, foi para a praça da República com a esposa, Amanda, e os filhos gêmeos, Luan e Laun, de 10 anos.
Morando no Jurunas, eles também levaram um outro integrante da família: o gato “Neném”, que tem sete anos de idade. Lucivaldo afirmou que costuma frequentar o espaço aos domingos e feriados, já que, durante a semana, trabalha na construção civil. As crianças aproveitaram para brincar um pouco. Ele afirmou que, depois, iria para casa para descansar um pouco, já que, na terça-feira (2), volta à rotina de trabalho.
O motorista de aplicativo Maurício Monteiro, 32 anos, também estava na praça da República com a esposa, Cibele, a filha, de dois anos, a irmã e duas sobrinhas. Ele afirmou que, geralmente aos domingos, frequenta a praça. Mas que aproveitou o feriado dar um tempo do trabalho. “Hoje estou de folga”, afirmou Maurício, que reside no bairro da Terra Firme.
Mas, no dia dedicado à categoria, muitos trabalhadores não puderam aproveitar o feriado e tiveram que trabalhar. Foi o caso da venezuelana Edith Otaiza, 56 anos, que vende suco de laranja na praça da República.
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Ela começou a trabalhar às 7h30 e ficaria na praça durante todo o dia. Mas, ao mesmo tempo, aproveitou os shows musicais que ocorreram na praça, como parte da programação do Dia do Trabalhador, realizada pelo governo do Estado. E, entre um atendimento e outro aos clientes, Edith se divertia um pouco com as apresentações dos músicos.
O dia também foi de muito trabalho para o vendedor Edmar Nascimento da Costa, 49, dos quais 36 anos na praça Batista Campos. Ele afirmou que “quase todo dia” está na praça. Edmar disse que não “tem como descansar. Depois dessa pandemia aí não tem como fazer isso não”.
Ele contou que, agora, é o momento de recuperar os prejuízos causados pela pandemia. Edmar disse que seu dia de lazer geralmente é segunda-feira. “Mas, como é feriado hoje, tem que vir trabalhar”, contou. Edmar chegou à praça às 9 horas e pretendia continuar trabalhando até 10 da noite.
O vendedor de cocos Said Trindade tem 45 anos e vende coco na praça há 35. Ele trabalha das 7 horas até, dependendo do dia, uma hora da manhã. E afirmou que não “tem dia certo para descansar”. Às vezes, é um dia na semana. “Às vezes, tiro uma folga uma vez por mês”, contou.
Said disse que quem trabalha por conta própria é o seu próprio patrão. “Todo dia é dia do trabalhador. Hoje é um dia específico de comemorar esse dia. Mas, para mim, todo dia é dia de trabalhar. É um dia como qualquer outro”, afirmou Said.
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