Homilia: cristãos devem viver a lógica de Deus e não a do mundo, diz o padre Claudio Pighin

Mensagem fala que com Jesus compreende-se a doação de si em prol do próximo e não se deixar levar pelos atrativos egoísticos do mundo

Eduardo Rocha
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A partir da narrativa bíblica em Lucas 13, 22-30, o padre Claudio Pighin, diretor da Escola de Comunicação Papa Francisco, destaca, na Homilia deste fim de semana, que a prática do amor ao próximo mostra-se como fundamental ao verdadeiro cristão, como forma de obediência aos preceitos de Deus exemplificados por Jesus Cristo na Terra. Padre Claudio ressalta que nessa passagem das Sagradas Escrituras, o evangelista Lucas apresenta Jesus a caminho de um destino bem preciso: Jerusalém, que era o grande centro de referência da religião judaica. É nela que acontecem a Paixão, a Morte e a Ressurreição do Mestre. 

"Com isso, fica evidente como Jesus quis revelar que a verdadeira referência religiosa é somente ele. O sumo templo de Jerusalém, na verdade, é Jesus, e não o famoso templo construído por Salomão, filho de Davi. Esse novo templo que Jesus inaugura é a doação de si em prol de toda a humanidade. Portanto, podemos perceber que muda totalmente a lógica do culto", destaca. 

No velho templo, o ser humano oferecia algo a Deus. "No entanto, no novo templo, Jesus, é Deus que se oferece ao ser humano. Isto quer dizer que todos nós precisamos nos abrir ao amor de Deus e tentar compartilhá-lo com os outros. Este é o verdadeiro culto", enfatiza o padre Claudio Pighin. 

O religioso relembrou o momento que perguntaram a Jesus se são poucas as pessoas que se salvam, ele respondeu: "Entrai pela porta estreita". Nesse sentido, o mestre não se preocupa em dizer a quantidade, mas que se dever esforçar e se deixar levar pela lógica de Deus, revelada por Jesus. "E nesse sentido não se pode perder tempo, porque o tempo é escasso. Esta lógica da porta estreita é bem resumida pelo Sermão da Montanha. Não é suficiente ser filhos de Abraão, mas precisa a fé dele, isto é, não é suficiente se dizer cristão, falar de Jesus, mas se deve viver Jesus, o Messias. Portanto, não temos outra certeza a não sermos sempre vigilantes na nossa condição de filhos e filhas de Deus, sabendo que Ele nos ama infinitamente".

Jesus, como pontua o padre Claudio, nos apresenta uma nova concepção que se baseia na justiça, uma justiça que seus opositores rejeitaram porque colocavam em discussão a profissão de fé dele. "Essa pertença falsa a Deus não permite fazer a verdadeira conversão. Assim, Cristo nos adverte que todas as pessoas poderão participar do Reino de Deus, sem exclusão de ninguém. No Reino de Deus não tem privilegiados", enfatiza o religioso.

Tudo isso indica, como frisa o padre, que os valores e a concepção da realidade que traz o Evangelho são completamente diferentes da sociedade, do mundo. "Deus não pensa igual a nós. Sendo assim, não podemos nos deixar levar pelas fofocas humanas, manias de grandeza, mas, sim, empenharmo-nos a viver a lógica de Deus no mundo. Esse é o grande desafio para todos nós. Agora, lhe pergunto: se deixa levar pelas grandes questões pela opinião pública ou pelos critérios do Evangelho? Quanto lhe condiciona Deus no seu agir cotidiano? Um discernimento sobre a vida além da morte aumenta a sua esperança?", conclui o padre Claudio Pighin.

  

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