Festas de fim de ano geram longas filas nos supermercados

Apesar das filas nos supermercados, crescimento nas vendas foi abaixo do esperado pelos comerciantes

Abílio Dantas

Após a correria para a compra dos presentes e produtos para a ceia de Natal, as filas dos supermercados de Belém continuam grandes devido aos preparativos para as festas de réveillon. Em um supermercado no centro da capital paraense, algumas pessoas relataram que chegaram a ficar mais de meia nas filas até que fossem atendidas. Para o proprietário de um estabelecimento do ramo, no entanto, o grande número de pessoas comprando não representa aumento das vendas no período.

De acordo com Oscar Rodrigues, diretor administrativo e financeiro do Grupo Líder, é normal que o mês de dezembro tenha filas grandes, mas o desempenho do setor neste ano não agradou os comerciantes. “A venda não foi como gostaríamos. Acredito que o aumento dos números não passou de 3%, em comparação com o ano passado. Sobre as filas, o que observamos é uma tendência de continuidade em relação ao Natal”, analisa.

À espera da vez para comprar seus produtos, o vigilante Francisco Borges, de 59 anos, conta que já estava fazendo compras pela segunda vez no dia. “Já é a segunda remessa. Aqui a fila está grande, mas em quase todos os lugares está a mesma coisa. Eu vou viajar amanhã para a ilha de Cotijuba, para a praia do Vai-quem-quer. Por isso estou comprando ingredientes para os pratos que vamos preparar para a ceia, como estrogonofe”, relata.

O engenheiro de produção Lucas Cruz, de 25 anos, apesar de reclamar dos cerca de 20 minutos que estava aguardando na fila, elogia os funcionários do supermercado em que costuma fazer compras. “Eles sabem que é assim todos os anos, por isso parece que estão acostumados a trabalhar com rapidez. Apesar de estar demorando, noto que às vésperas do Natal foi muito pior. Perdi a conta de quanto tempo fiquei aguardando”, destaca.

Com as compras para a ceia de fim de ano já garantida, a assistente social Josilene Diniz, de 66 anos, foi ao supermercado apenas para comprar pequenos itens domésticos, como papel higiênico e pasta de dente. “Eu não deixei para comprar as comidas em cima da hora porque sei como fica a cidade, muita gente espera quase até a última oportunidade para fazer as compras. Eu me antecipei, ainda bem”, comemora.

O economista Luís Carlos Silva alerta os consumidores da importância de não gastar demais nas festas de fim de ano para não ficar “enrolado” em janeiro de 2020. “Para não entrar o ano endividado é fundamental quitar as dívidas existentes. Caso não seja possível renegocia-las com parcelas que não ultrapassem 30% do seu rendimento líquido, é fundamental não fazer novas dívidas, portanto, é melhor esquecer o cartão de crédito e o cheque especial”, aconselha.

“É recomendável também utilizar os valores do décimo terceiro, saldo do FGTS e restituição do IR para se planejar financeiramente, em caso de estar endividado procurar quitar as dívidas, priorizando as que apresentam maior juros, comprar presentes dentro da sua capacidade financeira (sair de casa com sua lista evitando compras por impulso), não esquecer que o ano novo já inicia com obrigações tipo IPTU, IPVA, material escolar, matrícula dos filhos, por exemplo. É prudente pensar nisso”, completa o economista.

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