Feirantes do Tapanã reclamam de insegurança e falta de pavimentação nas ruas

Feirantes enfrentam dificuldades para trabalhar em ruas sem pavimentação

Abilio Dantas

Os feirantes e fornecedores da feira do Tapanã reclamam dos riscos que correm em razão da falta de condições adequadas para o comércio de hortifrutis e carnes. Os vendedores estão localizados na rodovia do Tapanã, convivendo com carros e ônibus, poeira e fumaça, além da ausência de asfaltamento das vias transversais e do lixo.

"Aqui tá de mal a pior", critica o vendedor Moacir Bruno, que trabalha com frutas e verduras há quatro anos na parte da feira localizada na rua Maria de Nazaré, também no bairro do Tapanã. Segundo ele, há cerca de três anos as obras de pavimentação das vias foram abandonadas pela Prefeitura Municipal de Belém (PMB). "Eles fizeram as calçadas, o que facilitou mais a movimentação das pessoas, mas o asfaltamento não foi feito. É uma buraqueira só e fica ainda pior quando chove".

Ainda de acordo com o feirante, os moradores da rua Santa Lúcia, ao lado da feira, também reclamam das mesmas condições, pois a falta de asfaltamento estaria impedimento a entrada de veículos como carros de aplicativos de transporte e ambulâncias. Há poucos dias, segundo ele, uma senhora sentiu um mal estar mas não pôde ser atendida pelos enfermeiros. "Da mesma forma, pessoas cadeirantes também não conseguem ser atendidas ou mesmo transitarem", acrescenta.

Karine Lucas, vendedora de frango assado pela manhã e churrasco no turno da noite, enumera as dificuldades que enfrenta por trabalhar no meio da rua. "O primeiro ponto é a insegurança. Há alguns anos a minha mãe, Maria da Conceição Silva, que também trabalha aqui comigo, foi vítima de uma bala perdida. Ela estava na beira da pista e houve um assalto em um ônibus. A segunda questão é o sol. Deveríamos ter direito a condições melhores de trabalho", afirma.

Danilo Gomes, vendedor de frutas, relata que os feirantes armam suas barracas nos horários de trabalho sem uma orientação certa sobre a distância que deve ser respeitada entre cada estrutura. "Isso é arriscado, no meu ponto de vista. Como muitas vezes as barracas ficam muito perto umas das outras, podem ocorrer acidentes que seriam facilmente evitáveis se todos tivessem orientação e também se houvesse fiscalização", aponta.

Fornecedores de abacaxi trazido do município de Salvaterra, Alberto Dias e Anderson Gemaque informam que não existe local apropriado para que possam estacionar a caminhonete que utilizam e garantir a segurança da mercadoria. Eles são obrigados a parar o veículo no meio da rodovia do Tapanã. "Na feira do Marex nós alugamos um ponto para trabalhar. Mas aqui ficamos na rua, não temos local fixo. O mesmo a gente passa nas feiras do conjunto Cordeiro de Farias e do Bengui", conta Anderson.

Até o encerramento da Redação, a Prefeitura de Belém ainda não havia enviado manifestação sobre o assunto.

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