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Enxame de abelhas no centro de Belém coloca segurança em risco e preocupa moradores da área

O problema persiste desde às 9h da manhã desta segunda-feira (18)

O Liberal
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Um enxame de abelhas com ferrão instalado em uma árvore na entrada de uma casa na rua Ó de Almeida, bairro do Reduto, no centro de Belém, tem preocupado moradores e pedestres, já que os insetos estão localizados a poucos metros da via pública. O problema persiste desde às 9h da manhã desta segunda-feira (18), como relata a jornalista Kélem Cabral, que mora em uma das residências afetada no trecho. 

De acordo com Kélem, a própria família está sentindo os impactos com proliferação das abelhas na área. “O maior problema foi a segurança dentro da própria casa. Meu marido é alérgico e eu tenho uma filha de sete anos, então qualquer risco de ferroada poderia ser grave. Tivemos que criar estratégias: pedir ajuda a amigos para buscar minha filha na escola, ajustar a rotina de chegada em casa e até mudar o acesso, entrando pela garagem lateral para tentar manter uma distância mínima das abelhas”, comenta.

“Um dos moradores conseguiu acionar o comandante da Zpol aqui do bairro. A partir daí, o caso começou a receber mais atenção. Por volta das duas da tarde, uma viatura do Corpo de Bombeiros veio até minha casa, avaliou a situação e explicou que provavelmente as abelhas estavam em migração, procurando um novo local para se instalar, e que talvez fossem embora em um ou dois dias”, acrescenta Kélem. 

Recomendação

Inicialmente, de acordo com ela, a recomendação dada pelo Corpo de Bombeiro foi apenas evitar contato com os insetos. “Mas a colmeia estava a menos de dois metros do portão de entrada, o que tornava a convivência bem arriscada”, explica. “Quando liguei, a resposta foi que eles não poderiam fazer nada, só se as abelhas atacassem alguém. Disseram ainda que, como não estava em via pública, eu deveria contratar um serviço particular. Isso me deixou sem saída, porque o risco estava justamente na entrada da minha casa”.

“Comecei a compartilhar vídeos da situação com a imprensa e com grupos de moradores do bairro, pedindo que eles também ligassem para o Corpo de Bombeiros. Com toda essa movimentação, percebi que a versão dada pelo 190 foi mudando. De ‘não podemos fazer nada’ passou para ‘ligue à noite, que é o horário certo para o extermínio’”, relata, ainda, a jornalista.

Soluções

Com relação as soluções para o problema, a comunicadora destaca: “Aqui em Belém temos apicultores, universidades e instituições de pesquisa com experiência nesse tipo de manejo. Por que não unir esforços? Esses profissionais poderiam capacitar os Bombeiros e até atuar junto com eles. Outros estados já fazem isso, com parcerias entre o poder público e apicultores, e o resultado é bem mais eficiente e responsável”.

“Situações como essa acontecem todos os dias em várias cidades. E estamos num momento em que o Pará se prepara para discutir mudanças climáticas e sustentabilidade”, relata. Ela acredita que o extermínio das abelhas não seria a solução ideal: “Exterminar abelhas vai na contramão desse debate. Elas são fundamentais para a polinização, para a manutenção da vida vegetal e, em última instância, para a nossa própria sobrevivência”, acrescenta.

Posicionamento

A Redação Integrada de O Libeal solicitou mais detalhes sobre o caso ao Corpo de Bombeiros e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). A reportagem aguarda retorno.

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