Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente promove debates sobre mudanças climáticas em Belém
Último dia de programação, nesta terça-feira (3), buscou incentivar a comunidade escolar a adotar uma postura responsável diante dos desafios socioambientais

Nesta terça-feira (3), quando celebra-se o Dia Nacional da Educação Ambiental, a quarta edição da Conferência Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CEIJMA) reuniu estudantes e professores de diversas regiões do Pará no último dia da programação no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém. Debates sobre sustentabilidade, oficinas, exposições de projetos ambientais e plenárias sobre o papel da juventude nas discussões climáticas marcaram o fim do evento, que iniciou na segunda-feira (2).
O objetivo foi incentivar a comunidade escolar a adotar uma postura responsável diante dos desafios socioambientais, promovendo ações locais para enfrentar as emergências climáticas, com base na educação ambiental, equidade, inclusão e diversidade. Oficinas, mostras culturais e plenárias focadas em temas como justiça climática, inovação, conservação ambiental e governança socioambiental fizeram parte da programação, realizada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
Na etapa estadual, 160 delegados aprofundaram os diálogos e escolheram os projetos e representantes para a VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente (CNIJMA), promovida pelos Ministérios da Educação, do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação. O encontro realizado no Hangar foi uma etapa fundamental para a seleção de projetos e representantes para o CNIJMA.
A Conferência destacou, ainda, o Dia Mundial do Meio Ambiente, no dia 5 de junho. Além disso, celebrou o terceiro ano de implantação da maior política pública nas escolas estaduais do Estado, o componente Educação Ambiental, que foi inserido em todas as etapas do ensino de forma obrigatória. Os debates contaram com a presença do governador do Estado, Helder Barbalho, além da vice-governadora, Hana Ghassan, e do Secretário de Estado de Educação, Rossieli Soares.
Mobilização
“A Conferência foi extremamente importante e gratificante, depois de todo esforço, não só nosso, mas também dos estudantes, das escolas que se mobilizaram, principalmente, as escolas com alunos que são delegados, e foram escolhidos por um processo democrático no seu território, e chegaram agora aqui nessa etapa estadual", afirmou o coordenador de Educação Ambiental (CEAM) da Seduc, Mauro Tavares.
O coordenador ainda acrescenta: "Eu diria que o Pará provocou o Brasil a fazer uma grande amostra de educação ambiental em alusão à Semana do Meio Ambiente. Hoje [terça-feira], nós temos 30 escolas, trazendo resultados da educação ambiental, que é um componente novo, entrou na nossa grade curricular e abriu espaço para alguns parceiros nossos para mostrar como podem contribuir com as nossas escolas. Esse é um momento único para os nossos estudantes, de aproveitar esse momento, de trocar experiências, conversar, conhecer outros projetos”, detalha.
Debate
Para o estudante Rafael Santos, da 1ª série do Ensino Médio da Escola Estadual Walter Bezerra Falcão, em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém (RMB), que participou da oficina “Fotografia com celular: a Amazônia por nossos olhos”, é importante pensar no futuro do meio ambiente e a conferência motiva os jovens para esse debate.
“Eu achei maravilhoso e incrível poder participar dessa oficina de fotos. Eu gosto de fotografias, particularmente, e poder fotografar a nossa Amazônia, nossa casa e aprender mais sobre fotos é incrível. Aprendi várias dicas e, com certeza, esses debates sobre clima e sustentabilidade são importantes para nós, jovens, que somos o futuro do mundo, então podemos sair daqui motivados a cuidar do nosso meio ambiente, cuidar da nossa casa”, relata o estudante.
Educação Ambiental
A implementação do componente curricular de Educação Ambiental, de acordo com a Seduc, torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará — sobretudo em um contexto que Belém, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025. O componente pode ter a adesão dos municípios e está alicerçado na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima.
Conferência Nacional
A VI Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente mobiliza escolas brasileiras com turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental para desenvolver jornadas pedagógicas em defesa da justiça climática. Diante das emergências climáticas, a iniciativa incentiva o diálogo e a formação em Educação Ambiental. As comunidades escolares participam do processo por meio de pesquisas e da produção de conhecimento voltados à adaptação dos territórios, contribuindo para a construção de escolas mais sustentáveis, resilientes e comprometidas com a equidade, inclusão e diversidade.
O processo inicia-se com a preparação nacional, que inclui a elaboração de materiais e a mobilização das comissões estaduais. A etapa central é a conferência na escola, onde alunos e educadores desenvolvem projetos e reflexões. Opcionalmente, podem ocorrer conferências regionais ou municipais para aprofundar os debates. Na conferência estadual, são selecionadas as delegações e propostas que participarão da conferência nacional, o momento de maior destaque do processo. Após o evento, as delegações retornam às escolas para implementar os projetos e fortalecer o engajamento ambiental local.
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