Belém ganha tapete de crochê suspenso em área do comércio, unindo beleza e valorização de artesãs

Mais de mil quadradinhos de crochê foram confeccionados por mais de 250 artesãs

Bruno Roberto | Especial para O Liberal

Uma área do comércio ganhou novas cores e texturas com a instalação de um tapete de crochê suspenso na Rua Ocidental do Mercado, entre a Rua 15 de Novembro e o Ver-o-Peso. Mais de mil quadradinhos de crochê cobrem cerca de 70 metros de rua. A instalação foi realizada nesta quarta-feira (12), com muita animação das artesãs que estavam no local.

O projeto é realizado pelo Movimento Ver a Arte, que reuniu mais de 250 artesãs paraenses para confeccionar as peças de crochê. Os mais de mil quadradinhos foram produzidos em dois meses.

O objetivo do projeto é valorizar e divulgar o trabalho das artesãs paraenses, ao mesmo tempo em que a rua é transformada com novas cores, texturas e formas. A ideia da arte foi inspirada em exemplos realizados em outros países, como Portugal.

“O Movimento traz visibilidade para as artesãs, que são tão esquecidas e que vêm de várias categorias. Tem as pessoas que fazem para ter uma fonte de renda, para combater a depressão ou por hobby. Além disso, buscamos resgatar a conectividade familiar, pois normalmente é um artesanato feito de mãe para filha”, explica Patrícia Resque, idealizadora do Movimento Ver a Arte. “Me surgiu a ideia para mostrar que temos mãos talentosas aqui no Pará”, completa.

tapete de crochê

As linhas usadas para a produção dos quadradinhos de crochê são totalmente de algodão, revelando uma preocupação com a sustentabilidade. Além disso, o tapete suspenso ainda ajuda a amenizar o calor da via, pois projeta sombra para quem passa.

Além de seu valor artístico e social, o Crochê a Céu Aberto também dialoga com a sustentabilidade. As peças são confeccionadas com fios 100% algodão e, ao ser suspenso sobre a rua, o tapete ajuda a amenizar a temperatura do ambiente, proporcionando mais conforto térmico para quem circula na região.

O tapete de crochê suspenso está previsto para continuar enfeitando a rua até o mês de dezembro, pois há uma proposta para transformar o local com uma decoração natalina. A estrutura dos crochês será mantida, e serão acrescentadas lâmpadas para compor o “Natal Iluminado”.

Ao mesmo tempo, o Movimento tem interesse em realizar mais instalações de tapetes de crochê suspensos no futuro. “Esse movimento vem crescendo. Sempre fazemos exposições em museus e workshops. Agora, é percorrer outros lugares”, relata Patrícia Resque.

Artesãs paraenses aprovaram o projeto

A artesã Crizolita Lima aprendeu a fazer crochê quando era criança e vende os artesanatos há sete anos. Ela produziu cerca de 25 quadradinhos para o tapete suspenso e adorou o projeto. “Participei de um workshop que teve mais de cem pessoas. Fiquei no grupo e soube do projeto, que é uma ótima ideia”, conta a artesã.

Para as artesãs paraenses, como Ângela Tavares, de 66 anos, o projeto é importante para destacar e divulgar o ofício da confecção de artesanatos no Pará. “Esse trabalho precisa ser valorizado. Fazemos produtos belíssimos que, às vezes, não têm o devido valor. Eu torço para que, daqui por diante, o nosso trabalho seja cada vez mais valorizado no Pará”, afirma Ângela, que aprendeu a fazer crochê com a mãe aos nove anos de idade. Ela vende os produtos há seis anos.

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