Arquidiocese celebra missa em memória do Padre Bruno Secchi

A Paróquia São João Paulo II, no bairro do Souza, sediará a partir das 18 horas desta quinta-feira (4) a missa de sétimo dia em memória de padre Bruno Sechi, idealizador e fundador do Movimento República de Emaús, falecido na sexta-feira passada (29). A missa, por iniciativa da Arquidiocese de Belém, será celebrada pelo arcebispo metropolitano de Belém, dom Alberto Taveira Corrêa, e concelebrada pelo bispo auxiliar dom Antônio de Assis Ribeiro, e pelo vigário episcopal  da Região Santa Cruz, cônego Ronaldo Menezes.

Padre Bruno exerceu seu último ofício como pároco justamente na Paróquia São João Paulo II, na avenida São João Paulo II, 2013, no bairro do Souza. Por causa do protocolo de retorno das atividades da Arquidiocese, a missa contará com presença limitada aos paroquianos de São João Paulo II, membros da Paróquia São Domingos de Gusmão e do Movimento República de Emaús. A relação das pessoas na cerimônia foi elaborada previamente para contar com representação de todas as grandes expressões que acompanhavam o sacerdote. Os fiéis poderão acompanhar a missa por meio das redes sociais da Arquidiocese e Movimento República do Emaús.

Padre Bruno Sechi faleceu, aos 80 anos de idade, no dia 29 de maio, em decorrência de um mal súbito. O sacerdote estava em recuperação após ter sido diagnosticado com a covid-19.

De origem italiana, nascido no dia 31 de julho de 1939, na Sardenha, foi ordenado padre em 29 de junho 1968, e ainda jovem veio para o Brasil como missionário. Em 1970, fundou o Movimento República de Emaús, organização que atende crianças e adolescentes, um dos seus trabalhos com grande reconhecimento da sociedade.
Padre Bruno sempre atuou com direitos humanos, na defesa das crianças e adolescentes. Na Arquidiocese de Belém, atuava na Comissão de Justiça e Paz, na Paróquia São Domingos de Gusmão e, até então, era pároco da Paróquia São João Paulo II, na avenida de mesmo nome, 2013.

Destaque Nacional

Nos anos 80, o padre Sechi aplicou-se a liderar a causa da criança através de movimentos nacionais. Ele foi o primeiro coordenador do Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, cargo que exerceu de 1985 a 1988, interferiu em favor do menor na Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição de 1988 e contribuiu para a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), em 1990.

Foi vencedor do 5º Prêmio USP de Direitos Humanos 2004, nas categorias Individual. Sob a responsabilidade da Comissão de Direitos Humanos da USP, o prêmio é concedido anualmente a pessoas e instituições que contribuem para a promoção da cidadania, da paz e da solidariedade.