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Na Marambaia, cemitério São Jorge espera mais de 23 mil pessoas

Um dos maiores cemitérios públicos da capital paraense amanheceu repleto de pessoas indo visitar sepulturas de entes queridos

João Paulo Jussara

Cerca de 23 mil visitantes devem passar pelo cemitério São Jorge, no bairro da Marambaia, nesta terça-feira (2), Dia de Finados. Muitas pessoas estavam desde as primeiras horas do dia aguardando para entrar e fazer suas homenagens. Logo na entrada, chamavam a atenção as dezenas de bonecas, brinquedos, flores e velas sobre a pedra de mármore do túmulo da pequena Diene Ellen, morta em 1973, aos dois anos, pelo próprio pai, que a esquartejou e colocou o corpo dentro de uma mala, embarcando na rodoviária, em um ônibus.

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"Eu já fiz muitas promessas, passei por uma tragédia familiar e pedi que ela intercedesse. Eu consegui alcançar as graças, e todos os anos eu venho aqui e deixo brinquedos e acendo velas para ela", disse a aposentada Ana Silva. "A história dela é muito triste, mas ela se tornou uma 'santa popular', concedendo muitas graças a várias pessoas que há décadas vêm fazer promessas e oferecer presentes a ela", acrescentou o funcionário público Walter Martins.

Próximo dali, sentado sobre o túmulo do pai, estava o comerciário Rolvsom Reis, pensativo e saudoso, enquanto ouvia uma música do Pink Floyd em uma caixa de som. "Vim visitar meu paizinho Benedito e a minha mãezinha, Alfanira. Perdi meu pai em junho e minha mãe no outro ano, em julho. Eram meus melhores amigos. Eu sempre digo aos que ainda têm pais para que dêem muito valor enquanto eles estão vivos. Faça em vida, não faça depois de morto, que aí já não adianta mais".

Comerciantes

Para os vendedores ambulantes, a grande movimentação é vista com bons olhos, já que em 2020 houve queda no número de visitantes devido às restrições impostas pela pandemia. Francisco Duarte trabalha no cemitério São Jorge há mais de 30 anos, e sua banca de vendas de flores e velas foi herdada da avó, passando de geração para geração. "Esse ano as vendas foram bem melhores que no ano passado, mas em comparação com os anos anteriores, a movimentação foi mais ou menos", observou.