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Alagamentos e falta de saneamento são problemas crônicos em Belém, apontam moradores

Diferentes bairros passam pelos mesmos problemas e não têm solução eficiente há anos

O Liberal
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O morador de Belém tem enfrentado um verdadeiro caos com os problemas da cidade, que não são novos e que afetam diretamente o dia a dia e o bem-estar da população. A falta de saneamento, os alagamentos constantes, o acúmulo de lixo e entulhos, além dos buracos e da desordem no trânsito, são apenas alguns dos exemplos visíveis na maioria das esquinas da cidade. As situações, que são enfrentadas independente do bairro, desde Canudos e Sacramenta até Icoaraci e Mosqueiro, pioraram com a chegada do período chuvoso.

Um dos trechos que carece dos serviços prestados pelo poder público municipal é a avenida Conselheiro Furtado, entre as travessas Barão de Marmoré e Guerra Passos, que sofre com alagamentos recorrentes. O morador Luiz Afonso, que vive no local, contou que há meses que a área fica alagada por completo em período de chuva e que as águas demoram para escoar. "Alguns moradores colocaram barreiras em suas portas e levantaram tijolos para que os alagamentos não entrem nas residências", disse.

image Legenda (Akira Onuma / O Liberal)

Luiz é técnico de informática e precisa se deslocar diariamente para o trabalho, porém, no período chuvoso, os alagamentos demoram a secar. Ele diz que não há manutenção no local e que os moradores precisam se virar para cumprir seus compromissos. "Várias pessoas que vivem nessa parte da avenida precisam ir trabalhar, mas quando enche, só sai quem tiver coragem de se arriscar no alagamento", contou. 

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Buracos no centro comercial

Já no centro comercial, na rua Manoel Barata, entre a 7 de Setembro e a travessa Padre Eutíquio, os buracos tomam conta do trecho. O comerciante Luiz Paulo Pina pontuou que o problema dura há pelo menos um mês e que, agora, com o período chuvoso, piorou. "O período de chuva tem intensificado o problema, já que a água que escorre pelo meio-fio atinge as estruturas de concreto", contou. Os próprios trabalhadores sinalizam os buracos e os tampam com pedregulhos.

No último dia 17, uma cratera se abriu no meio da travessa Campos Sales, uma das principais avenidas do centro comercial de Belém, entre as ruas 13 de Maio e João Alfredo, impossibilitando o tráfego na área, por volta das 8h30 da manhã. Comerciantes do entorno precisaram sinalizar e isolar a área para evitar acidentes e acreditam que novos buracos possam abrir no local.

Harley Assunção, de 48 anos, diz que uma pequena barraca de venda de café da manhã quase foi "engolida" pela cavidade, mas foi retirada de perto a tempo suficiente de evitar um prejuízo grave.

Na Cabanagem, na rua São Paulo, entre a avenida principal do Conjunto Panorama XXI e a rua Damasco, a falta de sistemas de drenagem e escoamento de água contribui para os constantes alagamentos que afetam a área. Segundo relatos, é comum que a rua fique inundada sempre que chove, mesmo que seja uma chuva fraca e rápida. O problema é antigo, afetando escolas do local e também o posto de saúde.

image Rua Senador Manoel Barata, entre as travessas Padre Eutíquio e 7 de Setembro, no bairro da Campina, em Belém (Thiago Gomes/O Liberal)

Moradores do bairro dizem que a passagem apresenta um nível mais baixo em comparação às outras ruas e que, por este motivo, toda a água que cai nas alamedas próximas, escoe e acumula na rua São Paulo. Além disso, a água do canal próximo costuma transbordar devido à falta de limpeza.

A diarista Cleiciane Sodré, de 39 anos, afirma que o cenário descrito coloca em risco a saúde dos moradores, pois a sujeira do canal é levada para a frente das casas, o que pode causar alguma doença. "Se colocar o pé na água a gente já sabe que vai pegar alguma micose, pois até fezes já vimos por aqui", relata.

Os denunciantes alegam que a problemática já é antiga e que outros pontos são afetados, pois a água invade as escolas do local e também o posto de saúde que lá existe. "Já tivemos relatos de alunos que precisaram ficar em cima das carteiras para não se molharem. O posto de saúde precisou cancelar os atendimentos também por conta do alagamento", lamenta.

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