Estudo aponta que dormir pouco é o que mais reduz a expectativa de vida depois do cigarro
Pesquisa revela que a falta de sono regular pode ter impacto maior na longevidade do que outros hábitos considerados prejudiciais à saúde
Dormir pouco já é um dos motivos que mais causam estresse e mau humor, afinal, quem gosta de ter uma noite mal dormida? Mas, para além disso, dormir poucas horas pode ser mais perigoso para a saúde do que muitos imaginam.
Um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon, nos Estados Unidos, aponta que a privação de sono é o fator que mais reduz a expectativa de vida, ficando atrás apenas do tabagismo.
A pesquisa reforça a importância de observar e tratar o descanso noturno como um pilar fundamental da saúde, ao lado da alimentação equilibrada e da prática de atividades físicas.
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De acordo com os dados analisados pelos pesquisadores, pessoas que dormem menos de sete horas por noite de forma frequente apresentam maior risco de morrer mais cedo. O impacto da falta de sono supera, inclusive, outros fatores amplamente discutidos, como obesidade, tabagismo, sedentarismo e consumo excessivo de álcool.
Falta de sono é prejudicial de diversas formas
O sono é responsável por regular funções essenciais do organismo, como o sistema imunológico, o metabolismo e a saúde do coração. Quando o descanso não é feito de forma eficiente, o corpo entra em um estado constante de alerta, o que pode favorecer o surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, ansiedade e depressão.
Além disso, a privação de sono interfere diretamente na capacidade de concentração, na memória e no humor. A pesquisa mostra que negligenciar o descanso pode ter consequências tão graves quanto hábitos tradicionalmente associados a doenças graves e morte precoce.
O que fazer para dormir melhor?
O ideal é promover uma "higiene do sono", que consiste em alguns passos:
- Ter horários regulares para dormir todos os dias
- Evitar o uso de aparelhos eletrônicos e luzes fortes antes de deitar
- Evitar refeições pesadas ou muito próximas da hora de dormir
- Evitar atividades físicas intensas antes de deitar.
Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Tainá Cavalcante, editora web de OLiberal.com.
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