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Dia da Hotwife: 12 de dezembro celebra 'cornos', protagonismo feminino e lucro

Nova data no calendário brasileiro reconhece mulheres que encontram no fetiche de ver sua mulher com outro homem um espaço de prazer, autonomia e renda através de conteúdo adulto

Jennifer Feitosa

O Brasil ganhou uma nova data para celebrar o protagonismo feminino e o lucro gerado pelo conteúdo adulto: o Dia da Hotwife, em 12 de dezembro. A data foi criada pela plataforma Hotvips, dedicada ao conteúdo adulto e exibicionismo no país. A iniciativa revela que mulheres acima de 35 anos, em relacionamentos sérios, tendem a conseguir mais de R$ 30 mil por mês. O objetivo é mostrar a importância do protagonismo feminino dentro do fetiche cuckold.

Nesse fetiche, o parceiro sente prazer ao ver sua mulher se relacionar com outro homem. A Hotwife tem liberdade consensual para ter relações com outros homens, seja com a companhia do parceiro ou o incentivo dele.

Crescimento e perfil das Hotwifes brasileiras

A prática de Hotwife já existia, mas ganhou mais reconhecimento devido à grande repercussão das plataformas de conteúdos adultos. Isso criou um espaço de renda para as mulheres.

De acordo com a Community Manager do Hotvips, Maíra Fischer, o crescimento foi rápido. Ela explica que o fetiche cuckold sempre foi muito popular no Brasil. O público já existia e encontrou um lugar para consumir e monetizar o que buscava.

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Maíra descreve um perfil que domina entre as Hotwifes brasileiras: elas são, em grande parte:

  • mulheres acima de 35 anos,
  • casadas há mais de 10 anos,
  • com vida profissional estável,
  • rotina estruturada,
  • possuem um relacionamento sólido com o parceiro.

O que elas têm em comum é a parceria e cumplicidade extremas. São casais que tomam decisões juntos em todas as áreas da vida, e a união torna o fetiche possível.

Relatos e motivações

Kris, Hotwife do parceiro Fagner, se encaixa nesse perfil. Ela relata que no início achou estranho, mas com o tempo passou a gostar. Eles continuam curtindo esse estilo de vida.

“Na liberdade, tenho mais prazer”, afirma Kris. Ela menciona a liberdade de sair com qualquer pessoa que quiser e expressar seus desejos sem tabus. A adrenalina dos novos encontros e contar tudo para o parceiro são aspectos que a excitam.

Relatos como o de Kris e Fagner resumem o universo Hotwife no Brasil. Eles mostram a razão pela qual as mulheres encontram no fetiche um espaço de prazer, autonomia e até lucrativo.

A grande motivação para esses desejos centra-se na autonomia da mulher e no fascínio do homem ao ver o desejo dela. Os parceiros não são coadjuvantes. Eles ajudam a coordenar encontros, incentivam a fantasia e cuidam da parceira em cada etapa.

Maíra informa que a dinâmica só funciona porque há entrega dos dois lados. Os maridos sentem prazer ao vê-las satisfeitas, considerando as mulheres a “arma da sedução”.

Benefícios e desafios do fetiche para mulheres

O fetiche oferece às mulheres:

  • Liberdade sexual;
  • Validação;
  • Poder;
  • Ajuda na autoestima;
  • Fortalecimento do relacionamento.

O início pode ser desafiador. “Mesmo com muito interesse no fetiche, o ciúme pode aparecer”, explica a community manager. A comunicação é essencial para definir limites, garantir consentimento e alinhar expectativas.

Conteúdos e a criação do Dia da Hotwife

O universo Hotwife também é presente em:

  • Vídeos explícitos;
  • Cenas em grupo;
  • Gravações em espaços públicos e desertos, gerando sensação de adrenalina.

A razão para a criação do Dia da Hotwife (12/12) veio da percepção de Maíra. Ela explica que, ao se aprofundar nesse mundo, percebeu que faltava um dia para as mulheres. “Elas são o centro de tudo, são quem faz o fetiche acontecer”, disse.

Por esse motivo, foi oficialmente reconhecida a importância dessas mulheres dentro da comunidade e do mercado de conteúdo adulto. Maíra tem orgulho de ter iniciado o movimento, pois essas mulheres já geravam conteúdo, faturavam e mantinham a cultura cuckold viva na internet.

(Jennifer Feitosa, Jovem Aprendiz, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web de oliberal.com)