Paraenses aderem à prática da caminhada para benefício da saúde
Um estudo mostra os impactos positivos que o hábito saudável pode ter no corpo
Um estudo apresenta os impactos positivos e negativos do hábito de caminhar. Segundo a análise, dar 4 mil passos, por dia, reduz o risco de morte prematura. Em Belém, muitas pessoas possuem esse estilo de vida voltado aos cuidados da saúde e já aderiram às longas caminhadas diárias para garantir o bem-estar físico que essa prática proporciona.
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De acordo com a nova análise, dar 2.337 passos por dia reduz o risco de morte, especificamente por doenças cardiovasculares. Quem aumenta esse número e passa a caminhar entre 500 e mil passos por dia pode ter reduções significativas de mortalidade. Uma vida voltada a hábitos saudáveis faz a veterinária Thayse Braun, de 33 anos, realizar, duas vezes ao dia, uma longa caminhada ao redor do Bosque Rodrigues Alves. Ela aproveita o passeio com a cadelinha de estimação para caminhar.
“Regularmente eu trago ela pra passear aqui, de manhã e de tarde. Como ela já é mais idosa, a gente caminha todo esse percurso. Além disso, sempre me sinto muito melhor após uma boa caminhada. Ela me auxilia não só na parte física, mas também na emocional, ansiedade, e compulsividade alimentar. Sem falar que ela regula muitos hormônios”, diz Thayse
A veterinária conta que mesmo quando estava grávida decidiu que não ia abandonar os hábitos saudáveis. “Quando estava grávida, eu costumava fazer caminhadas e até mesmo correr, praticar outros exercícios. Como eu moro há cerca de sete anos aqui atrás do bosque, então durante todo esse tempo, diariamente, eu estou caminhando, praticando outras atividades. Busco sempre caminhar para manter a saúde em dia”, afirma Thayse.
Cuidados prioritários
Nilson Rodrigues da Silva, de 77 anos, diz que precisou aderir ao hábito da caminhada devido a um problema no joelho. Após orientações repassadas por um médico, o aposentado decidiu que a melhor solução seria começar com a prática.
“Eu não costumava fazer essas caminhadas, mas tive que recomeçar depois de passar por um médico. Como estou com o joelho um pouco ruim, seria bom para fortalecer, melhorar a circulação, por todas essas coisas. Além disso, essa vontade de voltar também foi influenciada pelo meu ganho de peso, para evitar essas coisas, resolvi fazer umas caminhadas novamente. Geralmente venho bem cedo e aproveito que várias outras pessoas também estão fazendo o mesmo, acaba incentivando”, diz Nilson.
O aposentado destaca a importância de pessoas com idade acima de 70 anos começarem a fazer caminhadas e mudar o estilo de vida. “Os dados estão ai para mostrar que essa prática está ligada à saúde. Praticar qualquer tipo de exercícios, que sejam mais leves e com pouco impacto, acaba ajudando a gente a ficar bem. Devido a idade, o tempo, já dá para sentir a diferença, os músculos estão fracos. Quando comecei, caminhava dia sim e dia não. Mas agora que peguei o piquem estou aqui todos os dias”, explica Nilson.
Cuidados
De acordo com William Rodrigues Costa, especialista em Clínica médica/médico internista, para uma pessoa ser considerada ativa - pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - ela precisa realizar exercícios de moderada a alta intensidade durante 30 minutos por 5 dias ou 50 minutos por 3 dias na semana.
“A caminhada promove diversos benefícios a quem pratica, como melhora da capacidade respiratória, controle dos níveis de pressão arterial, controle dos níveis de açúcar no sangue, melhora da força muscular e a qualidade do sono. Além de promover relaxamento e dos inúmeros benefícios para a saúde mental do indivíduo.
Quais prejuízos podem apresentar que não pratica a caminhada?
De acordo com o médico, há vários sinais perceptíveis em quem tem hábitos de vida prejudiciais à saúde. “A pessoa se sente indisposta, acorda cansado, fica estressada o dia todo, não tolera subir escadas, etc. Não realizar exercícios físicos deixa os ossos mais frágeis e propensos à osteoporose, com risco aumentado de fratura simples. A pessoa fica propensa ao surgimento de doenças, como, hipertensão arterial sistêmica, diabetes, osteoporose, AVC, depressão, dentre outras”, explica William Rodrigues Costa.
Quais locais para caminhar em Belém?
Ao redor do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco;
Portal da Amazônia, no bairro do Jurunas;
Universidade Federal do Pará, no bairro do Guamá.
Sobre a pesquisa
O estudo foi publicado na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva e analisou dados de quase 227 mil pessoas de 17 estudos realizados em diferentes países. A análise examinou se dar até 20 mil passos por dia estava associado a benefícios à saúde. Os estudos só puderam mostrar uma associação entre o número de passos por dia e a saúde, não uma causa e efeito diretos. O maior impacto no risco ocorreu quando as pessoas caminharam mais de 7 mil passos por dia.
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