Confira como exercícios físicos podem ajudar a reduzir a gordura no fígado

Médica hepatologista diz que não tem como pensar em tratamentos a doenças do fígado sem pensar em atividade física

Bruna Lima
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Movimentar o corpo com a prática de exercícios físicos já está mais que comprovado que traz benefícios e evita doenças. Uma delas que pode ser evitada é a Esteatose hepática, doença popularmente conhecida como gordura no fígado. A médica Hepatologista, Natalia Rodrigues Eugênio, explica que não tem como pensar em tratamentos a doenças do fígado sem pensar em atividade física.

A médica, que é atuante no tratamento de doenças do fígado com ênfase em esteatose hepática, explica que a gordura no fígado é causada por duas causas: o excesso de álcool ou transtornos metabólicos. "Quando a gente fala transtornos metabólicos, a gente está falando de síndrome metabólica. Então todas essas doenças associadas à síndrome metabólica, má alimentação, podem acabar gerando esse acúmulo de gordura intra-hepática", explica.

Ela completa que a esteatose hepática nada mais é do que quando a pessoa tem um excesso de produção de gordura. "Muitas vezes, pelo metabolismo dos carboidratos você começa a ter infiltração de gordura no seu fígado. Hoje, inclusive, a gordura no fígado tem se tornado a principal causa de cirrose hepática e necessidade de transplante de fígado", destaca.

A médica ressalta que o exercício físico melhora a resistência à insulina, melhora na queima de gordura, na circulação do metabolismo dos carboidratos, melhora a composição corporal, o sono e a ansiedade. "E fígado é indispensável, não tem como pensar em tratamentos a doenças do fígado sem pensar em atividade física. E o mais importante que eu converso sempre com os pacientes, a atividade física é remédio, então, não é por um tempo, é para a vida inteira. Não é para pensar somente a curto prazo, tem que pensar a longo prazo".

Muitas pessoas acabam associando a doença com a obesidade e a médica explica que quando o paciente que tem obesidade é um paciente que acompanha um pré-diabete, uma resistência à insulina e até um diabete. Esse paciente pode aumentar a glicose nos vasos, essa glicose não pode ficar dentro dos vasos e precisa ser metabolizada e acaba por algumas vias se transformando em gordura.

"E essa gordura vai parar nos vasos do fígado, pâncreas e demais órgãos de forma geral. Então sim, a obesidade e a gordura no fígado, elas andam lado a lado. Mas isso não quer dizer que quem é magro não possa ter gordura no fígado", garante a médica.

Maria Luiza Ribeiro, 66, foi diagnosticada com a doença no ano passado, durante exames que fez em São Paulo. Ela chegou a tomar medicamento e teve reações. Foi quando decidiu começar as atividades físicas. Ela encontrou uma turma de dança e treino funcional na calçada do Bosque Rodrigues Alves. Ela disse que perdeu seis quilos e apresentou melhoras no tratamento.

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A educadora física Yaly Soares explica que a atividade física contribui para a saúde de forma geral e no combate da gordura no fígado é mais um benefício. "A gente vê que esse é um problema que tem crescido muito aqui por conta dos maus hábitos alimentares.As comidas processadas e quanto mais processada mais gordura trans. Então, isso contribui muito para a gordura no fígado. O exercício físico é um dos principais remédios, mas claro, a prática regular de exercício. Não adianta treinar só aquela semana e pronto acabou", pontua a educadora.

A médica Natalia Gaby se exercita diariamente ao redor do Bosque Rodrigues Alves. Por ter conhecimento sobre a importância da atividade física à saúde, ela diz que opta em tentar manter uma vida em movimento. "Me exercito basicamente para melhorar a parte cardíaca e também para os demais órgãos do corpo. Uma das coisas que eu vejo como mais comum dentro da medicina é o exercício físico, que ele combate diversas doenças", diz a jovem médica.

Como tratar

O tratamento tem como pilar, de forma geral, a perda de peso quando se trata da questão do metabolismo. As metas são individuais.

Atividade física sempre porque é o que proporciona melhores resultados.

Dieta do mediterrâneo, que são alimentos integrais, alimentos mais saudáveis, sem muita carne vermelha, sem muito embutido, sem muito carboidrato

As medicações são individuais, porque dependem muito do quadro clínico do paciente, então o tratamento medicamentoso é individual

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