Mulher passa cerca de 120 dias sem fazer cocô e perde mais de 4 kg após tratamento
Os médicos descobriram que a jovem estava com o intestino obstruído pelas fezes
Um artigo publicado por profissionais de saúde na revista Cureus de Ciência Médica descreveu um caso vivido por uma mulher que passou quatro meses sem conseguir evacuar e precisou ser internada em um hospital dos Estados Unidos. A paciente, de 25 anos, relatou que possuía diagnóstico de constipação desde a infância e que procurou a ajuda dos médicos somente quando as dores abdominais aumentaram significativamente.
Ao chegar no local, a mulher disse que já havia testado todos os tipos de técnicas comuns para a constipação, como ingerir laxantes, fazer enemas ou usar medicamentos de venda livre. Mas nenhum desses métodos conseguiu fazer com que ela defecasse ou ao menos parasse com o vazamento involuntário de fezes líquidas, que ocorre quando elas ficam endurecidas no intestino grosso.
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Exames apontaram a obstrução por fezes
Nos primeiros exames clínicos, os médicos descreveram a textura do intestino da paciente como se fosse uma “argila densa e úmida”, em razão do tempo em que as fezes permaneceram no local. Logo depois, foi realizada uma tomografia computadorizada para desvendar mais a fundo a gravidade da situação e os doutores constataram que o intestino dela estava completamente obstruído.
Após a descoberta, foi sugerida uma cirurgia para a retirada de parte do órgão da mulher, a fim de ser uma solução definitiva para o seu problema de constipação que já durava anos, mas a mulher acabou recusando o procedimento cirúrgico. Ao invés disso, a paciente preferiu alguns métodos menos invasivos, como as lavagens intestinais e as sessões de desimpactação manual, que precisaram ser repetidas diversas vezes até amolecer o material acumulado no intestino.
Ao longo do período em que a jovem precisou ficar internada para a recuperação de sua saúde, a paciente precisou seguir uma dieta baseada em líquidos e tomar laxantes potentes, que fez com que ela evacuasse 21 vezes e perdesse 4,5 kg. Porém, quando finalmente a mulher conseguiu ter alta, os médicos a orientaram a continuar com o tratamento intestinal, mas ela não voltou mais ao centro hospitalar.
(Victoria Rodrigues, estagiária de Jornalismo, sob supervisão de Vanessa Pinheiro, editora web em Oliberal.com)
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