Tarcísio critica Lula, recebe afago de presidente da Alesp e diz a Zema que disputará reeleição

Estadão Conteúdo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma reunião fechada com deputados aliados no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira, 1º. Ao falar sobre a construção do túnel Santos-Guarujá, o governador afirmou que Lula está fazendo festa, mas o mérito maior pela iniciativa é dele.

O Estadão procurou o governo federal e o governo paulista, mas as gestões ainda não se posicionaram. O projeto terá investimento total de R$ 6,8 bilhões, sendo R$ 5,4 bilhões oriundos de recursos públicos que serão divididos igualmente entre Estado e União.

Apesar da parceria, há uma batalha sobre a paternidade da iniciativa. Relatório de comunicação do governo Tarcísio obtido pelo Estadão diz que o "túnel Santos-Guarujá é nosso" e que "ainda que a parceria com o Executivo federal seja estratégica, a comunicação digital precisa deixar claro que essa é uma conquista da gestão estadual".

Lula e Tarcísio são potenciais adversários na eleição presidencial de 2026, embora o governador venha reforçando nas últimas semanas que será candidato à reeleição em São Paulo - segundo aliados, isso não acontecerá apenas se o ex-presidente Jair Bolsonaro pedir para ele disputar o Palácio do Planalto.

Segundo dois deputados estaduais que almoçaram com Tarcísio nesta terça-feira, ele não falou abertamente sobre seu futuro eleitoral, mas o tom do discurso, enaltecendo conquistas do governo estadual, foi lido como um sinal claro de que ele quer ficar mais quatro anos à frente do Palácio dos Bandeirantes.

Tarcísio agradeceu aos 58 deputados aliados que participaram do almoço por aprovarem projetos do governo, como a privatização da Sabesp, disse que eles são "sócios" da gestão e que estará no palanque de cada um deles na eleição de 2026. Também foram ajustados pontos que estão atrasando o pagamento de emendas, principalmente às que envolvem convênios e mais burocracia para serem liberadas.

O presidente da Assembleia Legislativa paulista, André do Prado (PL), fez um afago no chefe do Executivo paulista. De olho na vaga de vice-governador na chapa de Tarcísio, ele afirmou que será um prazer ter o governador em São Paulo por mais um mandato, mas que caso o destino o coloque na rota da eleição presidencial, Tarcísio também terá o apoio dos parlamentares. Procurado por meio da assessoria de imprensa, André do Prado não comentou.

Mais cedo, Tarcísio recebeu a visita do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo). Pré-candidato a Presidência, Zema tem buscado cada vez mais estabelecer uma relação de proximidade com chefe do Executivo paulista. "Tarcísio me contou o que está acontecendo em São Paulo. E eu contei para ele o que está acontecendo em Minas. Queremos a mesma coisa: derrotar a esquerda. Por ora, o plano dele é disputar a reeleição em São Paulo. Mas ele vai participar ativamente da eleição presidencial. O papel dele em São Paulo terá impacto muito expressivo no plano nacional", declarou Zema.

No início do mês, o vice-governador mineiro, Mateus Simões (Novo), disse que o único cenário que Zema pode abrir mão da candidatura é para apoiar Tarcísio. Em Minas, uma possibilidade aventada é que ele seja vice do governador paulista.

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