'Se tiver filho meu metido nisso, será investigado', diz Lula sobre esquema de fraude no INSS

A Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Sem Desconto nesta quinta-feira (18)

Estadão Conteúdo
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira, 18, que defende a investigação sobre “todas as pessoas” envolvidas nos crimes relacionados ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), inclusive se tiver um filho seu “metido nisso”. As declarações ocorreram durante uma conversa com jornalistas no Palácio do Planalto, em Brasília.

“Todas as pessoas que estiverem envolvidas, diretamente ou não, serão investigadas pela Polícia Federal. Muitas das coisas estão em segredo de Estado. Eu sinceramente já li a respeito algumas notícias. E eu tenho dito para os meus ministros, tenho dito para as pessoas que participam da CPI: é importante que haja seriedade para que a gente possa investigar todas as pessoas envolvidas”, disse.

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Lula continuou: “Todas as pessoas. Ninguém ficará livre. Se tiver filho meu metido nisso, ele será investigado”. Em seguida, brincou: “Se tiver meu pai, que já morreu, não”.

Na sequência, o presidente criticou a prática criminosa de “expropriar o dinheiro do aposentado com promessas falsas” e lembrou que muitos aposentados recebem o valor equivalente a apenas um salário mínimo.

“Eu estou muito leve com relação a essas apurações. E eu não sei quem foi hoje, quinta-feira, eu não sei quem a Polícia Federal visitou, não sei porque eu já tive algumas reuniões importantes hoje, quinta-feira. O que eu sei é o seguinte: quem estiver envolvido vai pagar o preço de estar envolvido com isso”, acrescentou.

A Polícia Federal deflagrou a quinta fase da Operação Sem Desconto nesta quinta-feira e cumpre 16 mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão contra investigados por desvios no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A operação também cumpriu um mandado de prisão domiciliar e determinou o afastamento do atual número dois do Ministério da Previdência Social, Adroaldo Portal. Jornalista de formação, ele já trabalhou no gabinete do senador Weverton Rocha (PDT-MA) e em cargos do Congresso Nacional ligados a políticos do PDT.

O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, afirmou nesta quinta-feira, 18, que não tinha conhecimento sobre o envolvimento do número dois da pasta no esquema de fraudes nas aposentadorias do INSS.

Segundo o ministro, o secretário-executivo foi exonerado logo após a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira. “Não tínhamos qualquer informação”, disse Wolney, ao ser questionado se o governo sabia da eventual participação de Adroaldo no esquema.

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