Saiba quem é Glauber Braga, deputado retirado à força após protesto na Câmara dos Deputados
Parlamentar ocupou a cadeira do presidente da Casa em ato contra processo de cassação
O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), de 41 anos, foi retirado à força por policiais legislativos após ocupar a cadeira do presidente da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira (9). A ação ocorreu depois que ele se recusou a deixar o local, em protesto contra a possível votação de cassação de seu mandato.
Horas antes, o presidente da Câmara, Hugo Motta, confirmou que pretende colocar em votação o pedido de cassação de Glauber, acusado de quebra de decoro parlamentar após um episódio de agressão envolvendo um militante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024.
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Quem é Glauber Braga?
Glauber de Medeiros Braga nasceu em Nova Friburgo, região serrana do Rio de Janeiro. Formado em Direito, iniciou sua atuação no setor público antes do Congresso, ocupando cargos na prefeitura de Nova Friburgo entre 2001 e 2008. Ingressou na política filiado ao PSB, onde permaneceu por 14 anos.
Candidatou-se pela primeira vez a deputado federal em 2006, mas assumiu a cadeira apenas como suplente em 2009. No ano seguinte, foi eleito para seu primeiro mandato completo, sendo reeleito nas legislaturas seguintes — somando mais de uma década de atuação parlamentar.
Desde 2015 filiado ao PSOL, Braga se consolidou como um dos nomes mais expressivos da oposição à direita e a pautas econômicas de caráter liberal no Congresso. O deputado costuma protagonizar embates em comissões e sessões plenárias e ficou conhecido por interpelações diretas a ministros e autoridades convidadas para audiências públicas.
Internamente no PSOL, Glauber integra o grupo que adota postura mais rígida nas relações com partidos de centro. Em 2021, chegou a lançar pré-candidatura à Presidência da República, retirando o nome após negociações internas que definiram apoio à campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O que diz o processo de cassação
O processo por quebra de decoro segue para votação em plenário. Caso seja aprovado, Braga pode perder o mandato. Já a defesa do deputado afirma que a ação contra o militante ocorreu após provocações e que o pedido tem caráter político.
Até a votação, o parlamentar segue exercendo seu mandato normalmente.
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