Presidente Bolsonaro anuncia nome do novo ministro da Educação
Ricardo Velez será substituído pelo professor Abraham Weintraub
O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta segunda-feira a demissão de Ricardo Vélez do cargo de ministro da Educação e anunciou o economista e professor universitário Abraham Weintraub para ocupar o posto, numa tentativa para debelar uma crise que perdura desde o início do governo.
Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) 8 de abril de 2019
"Comunico a todos a indicação do Professor Abraham Weintraub ao cargo de Ministro da Educação. Abraham é doutor, professor universitário e possui ampla experiência em gestão e o conhecimento necessário para a pasta. Aproveito para agradecer ao Prof. Velez pelos serviços prestados", escreveu o presidente.
A demissão de Vélez - colombiano naturalizado brasileiro - já era esperada, após Bolsonaro ter afirmado em entrevista na sexta-feira que o ministro poderia não continuar no posto.
Bolsonaro reuniu-se com Vélez em um encontro na manhã desta segunda-feira que não foi divulgado na sua agenda oficial.
Weintraub ocupava até o momento o cargo de secretário-executivo na Casa Civil. Ele se ligou ao governo eleito ainda na época da transição.
O novo ministro terá como missão debelar a crise de gestão por que passa a pasta da Educação, uma das mais importantes da Esplanada dos Ministérios.
Desde o início de janeiro, uma briga entre alas no ministério - a ligada ao ideólogo do governo Olavo de Carvalho, e a dos militares - levou ao todo a 15 demissões de postos-chave. Na semana passada, foram demitidos os dois últimos integrantes do ministério ligados a Vélez.
Ações importantes do governo têm ficado em segundo plano, como a falência da gráfica responsável por imprimir as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e problemas no ingresso da faculdade de universitários que são financiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
O próprio Vélez se envolveu pessoalmente em polêmicas ao chegar a defender publicamente a revisão de livros didáticos de história para contar o que considera a história real do golpe de Estado de 1964.
O novo ministro é professor da Universidade Federal de São Paulo, tendo atuação como executivo no mercado financeiro por mais de 20 anos de experiência, com passagens por instituições como o Banco Votorantim.
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