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Paraense preso em Brasília: informante revela disparos e ataques de raiva de empresário

Relatos indicam episódios com disparo de tiros e ataques de raiva do empresário paraense George Washington

Fabrício Queiroz
fonte

O planejamento de uma explosão nas proximidades do Aeroporto Internacional de Brasília (DF) não foi o primeiro ato perigoso no currículo do empresário George Washington Oliveira de Sousa, de 54 anos. No município de Marituba, Região Metropolitana de Belém, onde ele declara endereço nos processos judiciais em que responde pelo acúmulo de dívidas de mais de R$ 800 mil, uma pessoa próxima informou à Redação Integrada de O Liberal que houve casos de acessos com disparos de tiros para o alto e televisores quebrados.

Em áudio vazado na internet na última semana, um homem próximo a George Washington chegou a dizer que o empresário estava "preparado para a guerra". Ouça:

O imóvel declarado por George Washington fica localizado na rua Uriboca Velha, n° 770, e está com um anúncio de venda e, segundo residentes da região, não é habitado há cerca de dois anos. A residência teria pertencido a mãe do empresário, que depois viveu no local com a esposa e mais dois filhos. Os informantes não souberam precisar quanto tempo ele morou na região, mas conheciam a ocupação dele como empresário e de membros de sua família no ramo de revenda de combustíveis.

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Apesar da condição financeira favorável, a família é lembrada pela vida sem ostentação. “É uma casa simples, nem parece casa de rico”, diz um informante ouvido por O Liberal, cuja identidade será preservada. Além disso, a fonte diz que o empresário não frequenta o local há anos, desde o período das eleições municipais de 2020. Antes disso, George Washington teria dispensado vários empregados sob a alegação de que estaria falido. Inclusive, alguns deles não teriam recebido rescisão e os salários devidos.

Devido a sua importância na comunidade, a figura de George não passou despercebida e logo foi reconhecida após a sua prisão e divulgação da tentativa de atentado na capital federal. “Nunca imaginei que ele poderia fazer isso. Ele tinha uma relação tranquila com as pessoas e empregou muitas pessoas”, conta o informante. Porém, o tratamento pacífico com vizinhos e funcionários contrasta com os episódios em que George apresentou atitudes perigosas.

“Teve noite que a gente só ouvia ele dando tiros pro alto”, lembra o informante, que, no entanto, diz que se sentia seguro porque “os tiros não eram apontados para ninguém”.

Outro relato envolve um acesso de raiva do empresário detido após a eliminação da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2018. Segundo a fonte, na época, George Washington teria dito que iria quebrar as televisões de casa se o Brasil perdesse o mundial. Na ocasião, a Bélgica venceu o Brasil por 2 a 1 na fase de quartas-de-final. Com raiva, o empresário cumpriu a promessa e se desfez dos aparelhos.

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“Ele já era meio peidado”, diz o informante, questionando o comportamento de George Washington e mesmo sabendo desse histórico de casos prefere manter uma visão dele baseada em imagens do passado. “Ele sempre passava por aqui com os filhos. Com a gente, ele era uma pessoa ótima. Não tenho nada para falar mal dele”, pontua.

Audiência manteve  prisão preventiva de George Washington Sousa. Veja como foi:

Atualmente, a residência de Marituba encontra-se desocupada e seria mantida pelos cuidados de um caseiro. Contudo, o funcionário não foi localizado pela reportagem. A fachada indica certa deterioração da pintura, em que é possível ler um anúncio com alguns detalhes sobre o imóvel. Na placa, lê-se que a propriedade tem área total de 24.048 m², sendo 5 mil m² de área construída. A reportagem entrou em contato com os números de telefone informados no anúncio de venda. Um deles não existe mais e outro não atendeu às ligações.

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