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Pará vai garantir R$55 milhões em recursos na COP 27, afirma Helder

Governador também selará compromisso de ressarcimento de créditos de carbono na conferência que ocorre em Cairo

O Liberal
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O governo do Pará irá firmar acordos que irão gerar R$55 milhões em investimentos para o estado, de acordo com o governador Helder Barbalho (MDB), que desembarca em Cairo, no Egito, no próximo dia 13, para participar da 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27).

"São parcerias com instituições públicas e privadas que enxergam no Pará um ambiente propício e seguro para investimentos que valorizem avanços sociais com a floresta em pé. Esses recursos também permitirão o fortalecimento de serviços ambientais e regularização. Isso só é possível porque temos trabalho e realizações para mostrar, como o monitoramento cada dia mais abrangente e a redução do desmatamento em áreas estaduais", afirma. 

A participação do Pará começa no dia 14 e Helder já definiu um compromisso a ser firmado pelo Pará diante dos líderes mundiais presentes: o Pará será o primeiro estado brasileiro a regulamentar o ressarcimento do crédito de carbono.

O conceito foi criado durante o Protocolo de Quioto, em 1997, e estabelece que cada tonelada reduzida na emissão de gases do efeito estufa gera uma moeda que pode ser vendida para países e empresas que não atingiram metas. 

Ou seja: quem emite menos carbono compensa quem emite mais. Trata-se de um mercado que além de garantir o equilíbrio ambiental gerou 229 bilhões de euros só em 2020.

Segundo Helder, o Pará não pode perder essa oportunidade de turbinar a própria economia e deve liderar a iniciativa no Brasil, que ainda é tímida na comparação com outros países. 

"A floresta em pé tem que ser a nossa nova vocação econômica e é preciso que isso esteja precificado para que haja ressarcimento dos serviços ambientais prestados. É mais uma entre as muitas alternativas que temos para desenvolver nosso biomas e consolidar práticas que possam ser transformadas em renda para os milhões de brasileiros que vivem na região. Além disso, vamos apresentar o Amazônia Agora, o plano estadual de bioeconomia e o plano estadual de regeneração de áreas desmatadas", afirma ele, ao lembrar que o Pará está comprometido a ajudar o Brasil no objetivo de neutralizar as emissões de carbono até 2050, conforme pactuado na edição de 2021 da Conferência, em Glasgow. 

"Novo olhar" 

A expectativa do governador é que, na esteira da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência, o Brasil possa transmitir uma mensagem de preocupação com as mudanças climáticas e de planejamento para um desenvolvimento sustentável da Amazônia.

"Convidei o presidente eleito em nome do Consórcio da Amazônia com esse objetivo: para que se transmita ao mundo uma mensagem de um novo tempo no Brasil, de enfrentamento das ilegalidades e do crescimento socioeconômico responsável na Amazônia. Vejo de forma muito positiva [a expectativa em torno da presença de Lula]. Ele terá a oportunidade de transmitir ao mundo o olhar de um novo governo que é comprometido com a agenda climática, que olha para a floresta e pelas pessoas", avalia.

Helder fica em Cairo até o dia 18 de novembro, acompanhado de comitiva que incluirá representantes da secretaria de meio ambiente e da área diplomática do governo, bem como representantes de movimentos sociais e povos tradicionais da Amazônia. 
 

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