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Pará participa da Marcha das Mulheres Negras em Brasília (DF)

Caravanas das periferias de Belém, dos rios e de quilombos participaram da jornada na Esplanada dos Ministérios

O Liberal
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A Marcha das Mulheres Negras, realizada nesta terça-feira (25), em Brasília (DF), mobilizou caravanas de diversas regiões do país, reunindo milhares de mulheres na Esplanada dos Ministérios. O Pará esteve presente com força, representado por grupos vindos das periferias de Belém, comunidades ribeirinhas, quilombolas e ilhas do estado.

Com o tema “Por Reparação e Bem Viver”, o ato nacional reuniu movimentos femininos de diferentes territórios e contextos sociais.

“Não foi apenas um ato político: foi um lembrete de que há um Brasil que insiste em fazer parte das prioridades do Estado. E o Pará, onde 79,64% da população se autodeclara afrodescendente, chegou à Esplanada como um espelho dessa realidade”, destacou o senador Beto Faro (PT-PA).

Para ele, a mobilização das mulheres negras do Pará vai além das reivindicações tradicionais:

As mulheres negras do Pará não marcham apenas por direitos; marcham para lembrar ao Brasil que sem elas não há país possível”, afirmou.
Não se trata apenas de reivindicação social, mas de uma disputa narrativa sobre quem, afinal, sustenta a nação enquanto outros ocupam os espaços de decisão”, completou.

A deputada federal Dilvanda Faro (PT-PA) também reforçou a urgência do enfrentamento ao racismo estrutural:

Não há democracia possível enquanto houver cidadãos tratados como exceção. O racismo não é um problema do passado, mas um desafio do presente”, disse.

O senador Beto Faro ainda ressaltou o abismo entre o discurso oficial e a realidade enfrentada pelas mulheres negras no país: “A marcha evidenciou a distância entre o Brasil real e o Brasil institucional. Cada cartaz improvisado, cada jovem presente era um protesto contra índices que teimam em reduzir pessoas a estatísticas: maior vulnerabilidade, maior exposição à violência, menor acesso a políticas públicas. Tudo isso convive com a retórica oficial de inclusão que, na prática, avança de forma lenta e insuficiente.”

Para ele, a mensagem deixada pela Marcha das Mulheres Negras é clara:

Esse grupo social não aceita mais ser espectador da própria história. O Pará, gigante em sua ancestralidade, não apenas participou — impôs sua presença. E o fez com a clareza de quem sabe que mudanças estruturais só acontecem quando a rua decide tensionar o poder.”

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