MPPA diz que foram encontrados até R$ 3 mi em relógios em apartamento de Daniel Santos, em Fortaleza
A apreenção feita na manhã desta terça-feira (05), faz parte da "operação Hades", que investiga fraudes em licitações, corrupção e lavagem de dinheiro na Prefeitura de Ananindeua.

O Ministério Público do Pará (MPPA) revelou novos detalhes sobre a Operação Hades, que afastou o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos. Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (5), o promotor de Justiça Arnaldo Azevedo confirmou a apreensão de relógios avaliados em até R$ 420 mil cada, totalizando cerca de R$ 2,5 milhões a R$ 3 milhões. Os itens estavam em um apartamento alugado pelo prefeito em Fortaleza (CE).
“Os relógios devem valer R$ 420 mil cada. Ao todo, aproximadamente, existe lá cerca de R$ 2,5 milhões, chegando a R$ 3 milhões só em relógios”, disse o promotor.
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O que mais foi apreendido
De acordo com Azevedo, não foram encontrados valores em espécie. No entanto, a operação também apreendeu tratores na fazenda Vale do Mesquita, em Tomé-Açu, avaliados em cerca de R$ 3 milhões.
O promotor destacou que a busca e apreensão não foi realizada na residência oficial do prefeito em Ananindeua porque o gestor não estava no estado. A decisão levou em conta que o imóvel é compartilhado com a esposa, deputada federal com foro privilegiado.
Avião ainda não foi apreendido
Outro bem de alto valor, um avião ligado ao prefeito, ainda não foi apreendido porque não estava em solo paraense no momento da operação. “Espero o bom senso do gestor para apresentar a aeronave no Pará e cumprir a ordem judicial. Se recorrer e ganhar, ele volta ao cargo e os bens são devolvidos. Se não, que a aeronave seja entregue”, afirmou Azevedo.
Bloqueio de R$ 500 milhões
No total, a Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 500 milhões em bens de todos os investigados, incluindo imóveis, veículos, embarcações e aeronaves. Entre os valores bloqueados estão:
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Prefeito Daniel Santos: R$ 131,85 milhões
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Danil Linhares: R$ 124 milhões
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Manuel Paleta: R$ 119 milhões
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Paulo Macedo: R$ 3,27 milhões
O MPPA afirma que o bloqueio busca ressarcir os cofres públicos de Ananindeua.
Próximos passos
Segundo o promotor, a investigação seguirá com a oitiva dos investigados e análise das provas coletadas. O objetivo é concluir o relatório e apresentar denúncia formal ao Poder Judiciário.“As provas já são existentes e abundantes no processo”, concluiu Azevedo.
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