MP pediu a prisão de Daniel Santos e como pena alternativa, o afastamento
Promotor de justiça diz que prefeito tentou obstruir a investigação, interpelando duas testemunhas

Responsável pela instrução processual, o promotor de justiça Arnaldo Azevedo informou que no curso da investigação, chegou ao conhecimento do Ministério Público, através de duas testemunhas, que já haviam dado depoimento nos autos, que o próprio prefeito de Ananindeua Daniel Santos às procurou para elas desfazerem o que haviam dito ao órgão ministerial.
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"Essa senhora nos procurou, pela segunda vez, para dizer que havia sido abordada pelo gestor, contactada pelo gestor para que ela recebesse o restante do valor da fazenda, nos dizeres dela, porque eu não tenho porque dizer que ela mente (...) Ela nos afirmou que foi procurada por ele que sugeriu a ela contemporizar. Em outras palavras, que desfizesse aquilo que havia sido feito junto ao Ministério Público e ela se negou de fazer”.
Arnaldo Azevedo afirmou: “Quando uma pessoa é interpelada no curso da investigação, isso é crime. Isso é uma conduta que interfere na apuração dos fatos e ela atribuiu essa conduta ao gestor e isso impõe à prisão a quem faz. No caso dele (Daniel Santos), o Ministério Público pediu a prisão à Justiça, por ele estar interferindo na produção probatória, porque isso é um ato criminoso, isso é obstrução da investigação, e como medida alternativa, caso o desembargador entendesse que a medida de segregação pessoal era extrema, que ele, o desembargador o afastasse das funções públicas, ele e as pessoas envolvidas. Então, ele e mais outros servidores de escalão menor, da hierarquia menor da estrutura municipal foram efetivamente afastados”, disse o promotor.
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