Médicos de UPA’s de Belém estão com salários atrasados há 90 dias; categoria deve paralisar
Secretaria Municipal de Saúde informou que o pagamento será feito até sexta-feira (20)

Médicos que atuam em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em Belém revelam atraso de cerca de 90 dias no pagamento de salários e devem paralisar as atividades no próximo dia 21 deste mês. As informações vieram por meio de comunicado do Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa). A categoria afirma que o último pagamento realizado foi no dia 13 de setembro, ainda referente ao mês de junho. Os valores deveriam ser repassados em até 45 dias após o mês de plantão desempenhado.
Em nota enviada ao Grupo Liberal, o Sindmepa afirma que as atividades desempenhadas pelos profissionais da UPA do Jurunas devem ser paralisadas. Eles aguardam o posicionamento da Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma). Por sua vez, a Sesma também enviou nota ao Grupo Liberal em que afirma que os pagamentos serão feitos até a próxima sexta-feira (20).
"A Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma) informa que os repasses para a empresa InSaúde estão programados para serem realizados até esta sexta-feira (20). Sobre atrasos e regularização de salários, a empresa deverá dar um retorno aos profissionais vinculados e contratados por ela para atuarem nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Marambaia, Jurunas e Terra Firme”, diz a nota da Sesma.
“O Sindicato dos Médicos do Pará (Sindmepa) dá total apoio aos médicos da UPA do Jurunas e lamenta que mais uma vez os profissionais precisem recorrer à paralisação para ter garantido o direito de receber pelo serviço prestado. O atraso de mais de 90 dias só demonstra a desvalorização da categoria por parte da gestão. Mesmo sem receber os valores devidos, os profissionais seguem cumprindo as escalas até o início da paralisação, prevista para o dia 21”, diz a declaração.
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Cerca de 140 médicos das unidades da Marambaia, Terra Firme e Jurunas relatam atraso de salários e outros problemas relacionados ao ambiente de trabalho. Os profissionais dizem que convivem com problemas na prestação de serviço, como a falta de acesso a exames como a gasometria arterial, e estruturais, como a falta de centrais de ar.
As UPAs da Marambaia e Jurunas são geridas pela InSaúde, sediada em São Paulo. Já a da Terra Firme é gerida pelo Instituto de Apoio ao Desenvolvimento da Vida Humana (IADVH), com sede no Maranhão.
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