Lula diz que ficará 'muito feliz' com ministros que precisarem sair para disputar eleições
Entre os possíveis nomes está o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deve deixar a pasta
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou satisfação com os ministros que se afastarem do cargo para disputar as eleições de 2026. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 17, durante a última reunião ministerial do ano.
Entre os nomes cogitados está o do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele pode deixar a pasta para coordenar a campanha de reeleição de Lula, ou como candidato ao governo ou Senado em São Paulo.
Lula afirmou que ficará "muito feliz" com a saída desses ministros. Ele os incentivou a vencer as disputas eleitorais, dizendo: "aqueles que tiverem que se afastar, se afastem e, por favor, ganhem o cargo que vão disputar. Não percam."
Cenário Político e Perspectivas para 2026
Na avaliação do presidente, o governo encerra 2025 em condição favorável. Contudo, esse desempenho não se reflete com a intensidade esperada nas pesquisas de opinião pública.
Lula atribuiu essa discrepância à forte polarização política no País, que "cristaliza posições" e reduz a margem para mudanças fora de contextos excepcionais.
O chefe do Executivo previu que as eleições de 2026 serão um "ponto de inflexão". O eleitorado terá de escolher o projeto de país desejado neste período.
Nesse contexto, ele reforçou a narrativa de que o atual governo assumiu um País "desmontado". A gestão, segundo ele, priorizou a reconstrução e fez da "união" um eixo central de sua atuação.
Avanços Econômicos e Pautas Aprovadas
O petista salientou que o governo "estava plantando" no começo do ano e que este seria o "ano da colheita", com todas as políticas sociais anunciadas. Ele enfatizou que o ano eleitoral de 2026 será o "ano da verdade".
Lula também mencionou a experiência dos integrantes do governo, muitos desde 2003. Ele avaliou que o País vive um momento econômico quase inédito.
Houve avanços expressivos no financiamento por bancos públicos, como BNDES, Caixa e Banco do Brasil. Além disso, destacou o crescimento da indústria e da agricultura, ressaltando que "Bancos públicos há décadas não tinham capacidade de investimento que têm agora."
O presidente também celebrou a aprovação de pautas estruturantes. Entre elas, citou a reforma tributária, já concluída na Câmara e em tramitação no Senado, e mudanças no Imposto de Renda (IR).
Para Lula, essas conquistas contrariam as "previsões de analistas". Estes consideravam improvável a aprovação de matérias relevantes por um governo com base parlamentar reduzida. Ele atribuiu o sucesso à capacidade de diálogo e articulação política dos ministros.
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