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Investigação conclui que irmão de Marcelo Freixo foi morto por PMs

Inquérito foi concluído após 14 anos do crime

Redação Integrada (com informações do site Pragmatismo Político)

Após 14 anos de espera, finalmente o inquérito que investigava a morte de Renato Ribeiro Freixo, irmão do deputado federal Marcelo Freixo (PSOL), e a tentativa de homicídio de sua companheira chegou ao fim e revelou um esquema criminoso envolvendo três policiais militares, um deles hoje candidato a vereador e vice-presidente da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj).

Renato foi morto aos 34 anos, com cinco tiros, na madrugada do dia 25 de julho de 2006, quando chegava em casa, acompanhado de sua mulher, em Piratininga, Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. À época, ele ocupava o cargo de assessor da Secretaria de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia da Prefeitura de Niterói. Renato voltava de uma festa com a mulher, Valéria Motta Ramos, que foi baleada no ombro e no peito, mas sobreviveu.

A investigação apontou dois PMs como os mandantes do crime, Marcelo dos Reis Freitas e Alexandre Ramos, que então trabalhavam como seguranças no condomínio onde Renato era síndico. Um terceiro policial militar, hoje afastado da corporação, Fabio Montibelo foi apontado como executor. Até março deste ano ele ocupou a presidência da Escola de Samba Porto da Pedra e atualmente é candidato a vereador em São Gonçalo. Também é vice-presidente da Lierj, que administra as escolas de samba da ‘Série A’ no Rio de Janeiro.

A polícia ouviu dezenas de testemunhas, fez operações de busca e apreensão e também obteve quebras de sigilo para poder chegar aos autores do assassinato. De acordo com as ivestigações, a motivação para o crime teria sido a demissão dos dois policiais do posto de segurança do condomínio por não serem legalizados para exercer a função. 

À época do crime Marcelo Freixo era então pesquisador da ONG Justiça Global e, em respeito a um pedido da família, manteve o caso do irmão longe do foco da imprensa. “Vou ficar calado. Quero apenas ouvir a resposta da polícia. Só posso falar que meu irmão era um homem pacato, honesto e digno”, declarou.

Dois anos após o crime, eleito deputado estadual, Marcelo assumiu a presidência da CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). E por conta da atuação combativa a esses grupos, quase chegou a ser alvo de um tentado, frustrado por um comunicado do setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública à equipe do deputado, dando conta que três milicianos, entre eles um policial militar, pretendiam assassiná-lo durante um encontro com militantes do PSOL no sindicato de professores da rede particular de Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio.

Em março de 2018, a ex-vereadora e ex-assessora de Freixo, Marielle Franco, foi assassinada e até hoje os mandantes do crime não foram identificados.

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