Intimado a depor, Bolsonaro tem compromisso uma hora depois do horário previsto para estar na PF

A agenda oficial do presidente Jair Bolsonaro registra dois compromissos públicos nesta sexta-feira (28), sendo que um deles será uma hora depois do horário previsto para ele comparecer à Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre suspeita de vazamento de documentos sigilosos de uma investigação do órgão. Nesta quinta (27), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que Bolsonaro, que consta como investigado no inquérito, compareça à sede da PF em Brasília, às 14 horas de hoje, para depor. A duração da oitiva dele não tem previsão de duração mas é comum que durem mais do que 1 hora.  As informações são do Jornal O Globo.

VEJA MAIS

Divulgada no final da noite desta quinta-feira (27), a agenda inclui dois compromissos públicos: uma solenidade às 9h no Palácio do Planalto e despachos com o Subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência, Pedro Cesar Sousa, às 15h, que segundo a Presidência, ocorrerá no Palácio da Alvorada.

O presidente não é obrigado a incluir na sua agenda o depoimento à Polícia Federal, por não se tratar de um evento de caráter público, mas pessoal.

Em novembro do ano passado, ele já prestou um depoimento à PF, no Palácio do Planalto. Na ocasião, respondeu a 13 perguntas dos investigadores.

Nesta quinta, Bolsonaro apresentou um pedido de dispensa do depoimento, negado por Moraes, que determinou o comparecimento dele à PF.

Segundo juristas ouvidos pelo Globo, por ser investigado, e não testemunha, Bolsonaro não é obrigado a depor - prestar depoimento como investigado é um ato de defesa e, portanto, a pessoa se defende se quiser. 

"Mas como existe uma ordem judicial para que Bolsonaro vá, caso ele não compareça estará, sim, descumprindo uma ordem judicial", pondera Thiago Bottino, professor da FGV Direito Rio.