Funasa é recriada em votação simbólica na Câmara
Uma MP editada no começo do governo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) extinguia a Funasa, o que gerou insatisfação em partidos do Centrão que indicavam aliados para cargos no órgão
A recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) foi aprovada pela Câmara dos Deputados na madrugada desta quinta-feira (1ª), por meio de destaque ao texto-base da Medida Provisória (MP) que reestrutura a Esplanada dos Ministérios. O acordo já estava fechado entre os líderes partidários, com apoio do governo, então, a votação foi simbólica.
Uma MP editada no começo do governo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) extinguia a Funasa, o que gerou insatisfação em partidos do Centrão que indicavam aliados para cargos no órgão. Essa medida vai caducar. O relator da MP dos Ministérios, contudo, havia incluído em seu parecer a extinção da Fundação. O destaque aprovado pelos deputados suprime esse trecho do texto.
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MDB
As atribuições da Funasa haviam sido redistribuídas para ministérios como o das Cidades, comandado pelo emedebista Jader Filho. Por isso, a extinção do órgão passou a interessar ao MDB, mas outras legendas reagiram e costuraram um acordo para recriar o órgão.
O deputado Danilo Forte (União Brasil/CE), ex-presidente da Funasa, comemorou a recriação da instituição.
"A recriação da Fundação Nacional da Saúde é, primeiramente, uma vitória para os brasileiros, sobretudo aqueles que residem nos pequenos e médios municípios, onde, pelo desenho original do governo, inevitavelmente ficariam sem acesso às mais essenciais políticas sanitárias", disse.
Articulação política
Após uma ameaça de "rebelião" de deputados do Centrão contra o governo, a Câmara aprovou na noite desta quarta-feira, 31, a MP dos Ministérios. Foram 337 votos favoráveis, 125 contrários e uma abstenção. Para não caducar, o texto precisa passar pelo Senado nas próximas horas.
O Palácio do Planalto correu o risco de derrota no plenário ao ver a MP caducar. Nesse caso, voltaria a valer a estrutura ministerial do governo Bolsonaro. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), chegou a dizer que um eventual resultado negativo seria culpa do Executivo diante da insatisfação generalizada de parlamentares com a articulação política.
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