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Ferramenta monitora preços dos combustíveis pelo Brasil, que já aumentaram 39,60%

Petrobras anunciou novos aumentos no preço da gasolina e do gás de cozinha nesta sexta-feira (8)

Eduardo Laviano
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A Petrobras anunciou nesta sexta-feira (8) que vai aumentar o preço de venda da gasolina em 7,19%, saindo de R$2,78 para R$2,98, e também do gás de cozinha, que sobe de R$3,60 para R$3,86.

Os novos preços começam a valer neste sábado (9) para evitar desabastecimento, nas palavras da empresa.

Para a estatal, as altas “refletem parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio, dado o fortalecimento do dólar em âmbito global”.

Nos últimos 12 meses, a o preço da gasolina já aumentou 39,60% no Brasil, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo. 

Em setembro, a média nacional do botijão de 13 kg do gás de cozinha chegou a R$98,70. É o maior valor médio desde 2001 e R$20 acima da média praticada há um ano, quando o item custava, em média, R$ 77,40, em valores corrigidos pela inflação.

Para reportar e contextualizar essas altas que pesam no bolso do brasileiro, o Observatório Social da Petrobrás (OSP) lançou na última terça-feira (6) a ferramenta Monitor dos Preços dos Combustíveis, que busca gerar dados e comparações relacionados ao preço dos combustíveis em todo o Brasil.

Em setembro de 2021, a média de preço do gás de cozinha ficou em R$98,70, enquanto o preço no Pará teve média de R$103,36, o nono mais caro do país. Já o litro da gasolina no Pará obteve média de preço de R$6,071 na pesquisa, enquanto a média nacional do combustível foi de R$6,092 no último mês.

Quando o assunto é o litro do diesel, o Pará sobe para o sexto lugar entre as médias de preço mais caras do Brasil: R$5,009. A média nacional foi de R$4,77 no período. 

Motorista de transporte por aplicativo, Eduardo Teixeira trabalhava como vigilante até três meses atrás. Desde que foi demitido, tem o próprio carro como fonte principal de renda. Ele gasta 120 reais de gasolina por dia.

"Dirijo todos os dias. 120 reais sete vezes na semana. Essa semana do Círio é quando a gente consegue ganhar mais um pouquinho, tirar a mais com a cidade agitada. Mas não tem corrida cara que tire a diferença do aumento da gasolina. Não vou dizer que não dá para viver se não eu já teria saído. Dá para viver, pagar as contas. Mas está cada vez mais difícil e não tem previsão de parar isso [os aumentos]. O pior é que não é só a gasolina", afirma. 

Além disso, os paraenses pagam o quinto etanol mais caro do país segundo o Monitor: média de R$5,706 em setembro, contra uma média nacional de R$4,704.

A ferramenta demonstra ainda a comparação dos principais combustíveis em relação ao salário mínimo estabelecido por lei, que no Brasil é de 1.100 reais.

O botijão do gás de cozinha leva 9% dos rendimentos mensais de quem ganha um salário mínimo, enquanto 100 litros de gasolina engolem 55% do orçamento pessoal do trabalhador.  

A ferramenta utiliza informações disponibilizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Os dados são transformados em valores reais corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). 

A plataforma de monitoramento dos preços, que pode ser acessada pelo site do Observatório, mostra que há 16 meses seguidos é registrado aumento do preço médio nacional do gás de cozinha.

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